Teve início nesta quinta-feira, 16 de setembro, e segue até amanhã o I Encontro de Parlamentares Católicos a serviço do Povo Brasileiro, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo o presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, trata-se de uma iniciativa que busca o diálogo, para que parlamentares digam o que esperam da Igreja e “se deixem interpelar ao ouvir o que a Igreja também deles espera”.

Este encontro, disse dom Walmor, “é uma aposta na eficácia do diálogo como instrumento de construção de entendimentos e respostas novas na reconstrução da sociedade brasileira nos trilhos da justiça e da paz à luz dos valores e princípios do Evangelho de Jesus Cristo”.

O evento conta com a participação de cerca de 80 parlamentares, entre vereadores, deputados estaduais e federas e senadores. Entre os participantes nesta quinta-feira estiveram o senador Antonio Anastasia (PSD-MG), a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), o deputado federal Francisco Jr. (PSD-GO), a deputada federal Angela Amin (PP-SC), o deputado estadual Reinaldo Alguz (PV-SP), o deputado estadual Walter Cavalcante (MDB-CE).

Também participaram da abertura do evento o núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, e o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).  O núncio apostólico transmitiu aos participantes a saudação e bênção do papa Francisco. Disse também que atualmente é preciso “cada vez mais de fraternidade e amor para promover a integração entre os homens” e que a variedade étnica, espiritual e cultural do Brasil “corrobora para o seu compromisso com a paz e a superação dos conflitos”.  “O Brasil se destaca pela sua solidariedade que ultrapassa as suas fronteiras e por sua história marcada indelevelmente pela fé. Oxalá esta ajude a alimentar de modo tão natural propósitos e sentimentos de amor, de ordem e de progresso”, afirmou.

Em seu discurso, o senador Rodrigo Pacheco afirmou que, com este encontro, “a CNBB irmana-se com os que veem na democracia a única saída viável para a crise brasileira, bem como reafirma seu compromisso com a defesa intransigente dos mais pobres, dos que mais precisam de uma nova política, dos que mais carecem de uma política melhor”.

Pacheco falou sobre a necessidade de “superação definitiva de impasses institucionais que tanto prejudicam e paralisam o país”. Segundo ele, para isso é preciso “uma nova política, uma política melhor, nos termos da encíclica Fratelli tutti”. “Urge, em primeiro lugar, recolocar a política a serviço do bem comum. Isso implica não apenas atender as ora ainda negligenciadas necessidades básicas dos vulneráveis e desfavorecidos, mas também submeter de forma irrestrita o pensar e o agir político nos valores da fraternidade, da solidariedade e da justiça social”, afirmou.

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