Nas congregações gerais desta terça-feira, 8 de outubro, no âmbito do Sínodo da Amazônia, vários padres sinodais se manifestaram a favor da defesa do celibato sacerdotal na Igreja Católica.

Uma fonte importante dentro do Sínodo dos Bispos informou à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, que entre os defensores do celibato sacerdotal estavam os cardeais Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e Peter Turkson, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

Também falaram a favor do celibato Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá, e Dom Alberto Taveira Correa, Arcebispo de Belém do Pará, ambos do Brasil.

Do mesmo modo o fizeram Dom Emiliano Antonio Cisneros Martínez, Bispo de Chachapoya, e Dom Rafael Alfonso Escudero López-Brea, Bispo Prelado de Moyobamba, ambos do Peru; Dom Waldo Rubén Barrionuevo Ramírez, Vigário Apostólico dos Reyes (Bolívia); e o sacerdote salesiano Martín Lasarte Topolanski.

A fonte também explicou a ACI Prensa que "um número significativo de participantes brasileiros expressou seu apoio ao clero casado e um deles insistiu na ordenação de mulheres, apesar do Papa Francisco ter fechado a porta para essa possibilidade".

Em maio deste ano, na coletiva de imprensa concedida a bordo do avião em que retornou da Macedônia a Roma, o Santo Padre explicou que, depois do estudo da comissão sobre a possibilidade de ordenar diaconisas na Igreja e com o que se avançou nesse grupo de trabalho, “até este momento não vai”.

A ordenação dos viri probati, homens casados ​​de virtude comprovada, é contemplada no número 129 do Instrumentum laboris do Sínodo, que diz: “Afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã".

Em agosto, em uma entrevista concedida ao jornal ‘La Stampa’, o Papa Francisco disse que o tema não será um dos fundamentos do Sínodo: “Absolutamente não: É simplesmente um número do Instrumentum Laboris. O importante serão os ministros da evangelização e as diferentes formas de evangelizar”.

Em 7 de outubro, o Santo Padre também disse que o Instrumentum laboris é um documento "destinado a ser destruído, porque é como ponto de partida para o que o Espírito vai fazer em nós".

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