Centenas de católicos marcharam no estado de Lagos (Nigéria) para pedir justiça ao Governo pelos assassinatos dos cristãos perpetrados pelos membros da etnia fulani, que professam o islamismo.

A manifestação foi realizada no último dia 22 de maio liderada pelo Arcebispo de Lagos, Dom Alfred Adewale Martins. A marcha terminou no gabinete do governador do estado.

 

 

Segundo informou a agência Associated Press (AP), os participantes cantavam canções à Virgem Maria e carregavam cartazes com lemas exigindo justiça para as pessoas que foram assassinadas e suas famílias.

“Todas as ações e atividades só podem dar frutos se o Senhor abençoá-las. Portanto, a primeira coisa que pediremos é para que as pessoas rezem, rezem com todo o seu pensamento e coração, pedindo a Deus para que assuma um controle perfeito e fale aos pensamentos e corações das autoridades ​​do país”, indicou Dom Martins.

A marcha foi organizada pela Conferência Episcopal da Nigéria e também foi realizada em cidades como Lagos, Abuja, Edo, Delta.

No mesmo dia também foi celebrado o funeral dos sacerdotes Joseph Gor e Felix Tyolaha e dos cerca de 17 fiéis assassinados em abril pelos fulani na paróquia St. Ignatius, em Ukpor, no Estado de Benue.

A agência vaticana Fides assinalou que a Eucaristia em homenagem às vítimas foi celebrada no centro de peregrinação Se Sugh U Maria e presidida pelo Arcebispo de Abuja, Cardeal John Olorunfemi Onaiyekan.

“Não se pode permitir esta situação. Toda vida humana é preciosa para Deus, que nos criou à sua imagem. Uma vida assassinada já é demais. Matar pessoas nas igrejas ou nas mesquitas é uma afronta a Deus”, indicou o Purpurado em sua homilia.

O Cardeal Onaiyekan exigiu ainda que as autoridades garantam a segurança de toda a população.

Fides também recolheu declarações de Dom Martins, que indicou que o presidente Muhammadu Buhari deve “intervir neste problema para salvar o país de uma guerra tribal ou religiosa. Nós dizemos isso com o senso de patriotismo pela nossa nação, Nigéria, porque acreditamos na força e na unidade”.

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Desde o início deste ano, mais de 100 pessoas morreram nos ataques dos muçulmanos fulani.

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