O bispo auxiliar de Belo Horizonte dom Joaquim Mol não deu a comunhão para uma crismanda na paróquia Santa Estrela da Manhã no sábado (5) porque ela queria comungar ajoelhada e na boca, prática que era a única permitida antes da reforma do concílio Vaticano II. A liturgia aprovada pelo papa são Paulo VI depois do concílio permite que o fiel tome a hóstia com a mão e que esteja de pé, mas faculta a quem quiser comungar na boca e ajoelhado o direito de fazê-lo.

Um vídeo que mostra dom Mol não dando comunhão à crismanda circulou nas redes sociais. Diante da controvérsia gerada, o bispo-auxiliar publicou ontem (6) uma nota de esclarecimento.

 

“Antes de iniciar a comunhão orientei a todos sobre a forma da comunhão, que seria na mão, porque desde os primeiros sinais da pandemia, evito dar a comunhão na boca, por respeito e cuidado com a própria pessoa que comunga e, principalmente, por respeito e cuidado com as pessoas que comungam em seguida; e que seria em pé, facilitando assim a locomoção das pessoas, pois era um dia especial, festivo, com a igreja cheia”, escreveu dom Mol. “Alguém que lá estava filmando, postou um vídeo manipulado, porque foi ‘cortado’ o momento da comunhão que a jovem crismada recebeu, e muitos passaram a divulgar, que a ela foi negada a comunhão”.

Segundo dom Mol, “ajudada por pessoas próximas, se dirigiu ao pároco, concelebrante comigo, um padre amigo e bom, pois eles se conhecem, e assim ela comungou e participou normalmente da oração pós-comunhão, da bênção e de uma fotografia que fizemos todos juntos e alegres: crismados, catequistas, o padre e eu. E foi tudo muito bonito”.

A nota continua: “Saibam ainda que tenho grande amizade com os jovens e a eles dedico muito de mim, da minha esperança, da minha fé, do entusiasmo em ajudá-los a construir a civilização do amor”, disse o bispo.

O padre Paulo Arrighi Franco, pároco da igreja de Santa Estrela da Manhã declarou à ACI Digital por meio de sua secretaria que não comentaria o caso.

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