O Bispo de Quilmes, Dom Luis Stöckler, afirmou que a ligadura de trompas e a vasectomia são "sinceramente uma mutilação do corpo humano, que entre outras coisas cerceia o dom procriador que nasce do ato de amor, aberto à vida, dos esposos".

Acrescentou que é incrível que no atual projeto de lei do congresso "se pretenda autorizar a esterilização irreversível da mulher e do homem sob o argumento de que a pessoa é livre para dispor de seu corpo e assim evitar o aumento dos pobres".

Dom Stöckler assinalou que "para o futuro da sociedade e do desenvolvimento de uma sã democracia, urge descobrir de novo a existência de valores humanos e morais essenciais e originários, que derivam da verdade do ser humano e expressam e tutelam a dignidade da pessoa".

"São valores, que nenhum indivíduo, nenhuma maioria e nenhum Estado nunca podem criar, modificar ou destruir, mas sim devem apenas reconhecer, respeitar e promover. Por isso é necessário ter em conta os elementos fundamentais do conjunto das relações entre lei civil e lei moral", anotou.

Por outro lado, o Secretariado Nacional para a Família da Conferência Episcopal Argentina, exortou aos deputados que integram a Comissão de Família, Infância e Adolescência do Parlamento para que o projeto que busca estabelecer um programa nacional de educação Sexual respeite sempre "a liberdade de consciência como direito dos pais, filhos, educadores e instituições".

"Em todo debate sobre educação sexual "as conotações ético morais são imprescindíveis, já que evadir este aspecto em vista ao pluralismo, supõe uma tomada de posição em detriment da própria pluralidade que se invoca", acrescentou o organismo do Episcopado.