Uma multidão estimada em dezenas de milhares de pessoas chegou ao National Mall, em Washington DC. (Estados Unidos) para participar na sexta-feira, 24 de janeiro, da Marcha pela Vida (March for Life), que neste ano teve como tema “Empodere a vida: Ser pró-vida é ser pró-mulher”.

O encontro anual convocou defensores pró-vida de todos os Estados Unidos e de outros países, por ocasião do aniversário da decisão da Suprema Corte que legalizou o aborto em 22 de janeiro de 1973.

O evento começou com um encontro multitudinário no National Mall, o qual contou, pela primeira na história da marcha, com a presença e participação do presidente dos Estados Unidos.

O presidente Donald Trump apareceu no palco, ao mesmo tempo que parlamentares democratas discutem detalhes sobre seu processo de “impeachment”.

Dirigindo-se aos centenas de milhares de participantes, Trump assinalou que era “uma honra” para ele “ser o primeiro presidente a participar da Marcha pela Vida” e que todos estavam reunidos por uma razão muito simples: “Para defender o direito de cada criança, nascida ou não nascida, a cumprir seu potencial dado por Deus”.

Além disso, dirigiu-se aos jovens para lhes dizer que “são o coração da marcha pela vida e é sua geração que está fazendo dos Estados Unidos a nação pró-família, pró-vida”.

“Todos os que estamos aqui hoje compreendemos uma verdade eterna: Cada criança é um presente precioso e sagrado de Deus. Juntos, devemos apreciar e defender a santidade e dignidade da vida humana”, expressou.

“Quando vemos a imagem de um bebê no útero, vislumbramos a majestade da criação de Deus. Quando seguramos um recém-nascido em nossos braços, sabemos o amor infinito que cada criança traz a uma família. Quando vemos uma criança crescer, vemos o esplendor que irradia de cada alma humana”, afirmou.

Em outro momento, Trump defendeu as políticas pró-vida que vem impulsionando desde que começou suas funções, como as restrições aos impostos dirigidos a organizações e clínicas abortistas, entre as quais está a multinacional Planned Parenthood.

“Desde meu primeiro dia no cargo, tomei medidas históricas para proteger os nascituros. As crianças não nascidas nunca tiveram um defensor mais forte na Casa Branca”, disse.

Também comentou que o movimento pró-vida se viu afetado pelos ataques à liberdade religiosa por parte de grupos políticos de esquerda, mas prometeu que seu governo continuaria defendendo as organizações religiosas como as Irmãzinhas dos Pobres.

Do mesmo modo, criticou o Partido Democrata por impulsionar o aborto sob demanda.

“Juntos somos a voz dos que não têm voz e vamos ganhar, porque sabemos como fazer”, disse e, em seguida, criticou que “os democratas adotaram as posições mais radicais e extremas que vimos em décadas”.

Posteriormente, dirigiu-se às mulheres presentes e destacou “sua devoção” e “liderança” que “elevam toda nossa nação”.

“Para todas as mães aqui hoje, nós as celebramos e declaramos que as mães são heroínas. Vale a pena proteger cada pessoa e sabemos que cada alma humana é divina e cada vida humana nascida ou não nascida se faz à imagem sagrada de Deus todo-poderoso”, disse.

Finalmente, Trump assinalou que “não podemos saber o que alcançarão nossos cidadãos ainda não nascidos, mas sabemos isso: cada vida traz amor a este mundo, cada criança traz alegria a uma família. Vale a pena proteger cada pessoa”.

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“Vim lhes agradecer, é genial representa-los, amo todos vocês e a todos digo com verdadeira paixão: ‘Obrigado, que Deus os abençoe e que Deus abençoe os Estados Unidos”, concluiu.

Trump estava acompanhado no palco pelo senador Mike Lee; a presidente da Marcha for Life, Jeanne Mancini; Marjorie Dannenfeslser, de Susan B. Anthony List; o senador James Lankford; entre outros.

Entre os oradores estavam figuras políticas de partidos republicados e democratas: a primeira dama em Louisiana, Donna Bel Edwards; o líder partidário da maioria na Câmara dos Representantes, Steve Scalise; a senadora de Louisiana, Katrina Jackson; o congressista Chris Smith; e Marjorie Dannenfeslser, presidente do grupo pró-vida Susan B. Anthony List e co-presidente da coalisão pró-vida da campanha Trump 2020.

Depois dos discursos no palco principal, teve início a marcha propriamente dita, que seguiu pelo National Mall até a Suprema Corte no Capitol Hill, onde apenas algumas centenas de manifestantes pró-aborto tinham se reunido.

Neste ano, estudantes de uma escola católica de Virginia lideraram a marcha.

Desde a decisão Roe vs. Wade em 1973, que promoveu o aborto sob demanda em todo o país, pelo menos 61 milhões de nascituros foram assassinados.

O tema da marcha 2020, “Empodere a vida: Ser pró-vida é ser pró-mulher”, foi criado a fim de comemorar o centenário do direito ao voto das mulheres nos Estados Unidos, com a aprovação da Emenda 19, em 1910. O tema da marcha foi escolhido para contrapor a narrativa proposta pelos partidários do aborto de que esta prática “empodera” as mulheres.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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