A arquidiocese de Manaus (AM), por meio de uma parceria com o governo do Estado do Amazonas, vai transformar a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, desativada desde 2017, em um espaço para ações de caridade. Segundo o arcebispo, dom Leonardo Steiner, o lugar, que antes representava um “isolamento”, agora passará a “ajudar as pessoas a se inserirem na sociedade”.

Na sexta-feira, 11 de fevereiro, dom Leonardo Steiner entregou uma carta de intenção ao secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz. Na carta, manifestou o desejo da arquidiocese em usar o local para projetos sociais em favor de pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Ali, desejamos desenvolver nossas atividades sociais, especialmente junto aos pobres. Dois exemplos: o atendimento aos migrantes e a pastoral do povo de rua. Nosso desejo é que o povo de rua tenha lá um espaço para receber refeição, tomar banho, lavar a roupa e a possibilidade de pernoite”, disse o arcebispo em uma entrevista à Rádio Rio Mar.

“Sempre que passo na frente daquele prédio, admiro a arquitetura, que é muito bonita. Ali tem uma beleza que escondia o drama humano. Estar na cadeia é para a sociedade um drama. Quem tem sensibilidade para com as pessoas humanas sabe como a cadeia é um isolamento, um afastamento da sociedade. Que este espaço, agora, seja utilizado para ajudar as pessoas a se inserirem na sociedade, não mais se afastarem”, afirmou dom Steiner.

O arcebispo de Manaus recebeu da Secretaria de Cultura o projeto de reforma que deixará o local em condições favoráveis para o desenvolvimento das atividades. Em seguida, realizou uma visita ao prédio para avaliar o espaço e pensar quais ações podem ser desenvolvidos nas instalações.

Segundo dom Steiner, já aconteceram alguns encontros para tratar da parceria e conhecer o espaço que será reformado e entregue em condições de uso para o desenvolvimento dos trabalhos caritativos no local, através da Cáritas, Pastorais Sociais, Pastoral do Povo de Rua e Pastoral do Migrante.

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