O arcebispo de Kansas City, dom Joseph Naumann, expressou sua decepção com o presidente Joe Biden, e exigiu que ele atue como o "católico devoto" que afirma ser.

Em entrevista ao canal católico EWTN no dia 8 de outubro, Naumann lamentou a decisão de Biden de reverter uma regra deixada por seu antecessor, Donald Trump, que restringia o financiamento do aborto.

"É realmente triste", disse o prelado, já que a administração Biden está "sob o controle de extremistas do aborto".

As duras críticas do Bispo de Kansas City foram dirigidas à decisão da administração Biden de reverter a "Regra de Proteção da Vida", que impediu que dinheiro recolhido em impostos fosse oferecido a organizações que promovem abortos.

Naumann urgiu Biden, o segundo presidente católico da história dos EUA, a defender e valorizar a vida humana.

"Ele gosta de ser tratado como um católico devoto. Eu exigiria que ele começasse a agir como tal, especialmente em questões relacionadas à vida", disse.

"E também para que realmente permita que sua fé perfile sua consciência e as decisões que está tomando, não sua plataforma partidária", acrescentou ele.

Biden tem expressado reiteradamente seu apoio ao aborto. Depois de décadas de apoio à Emenda Hyde, que impede o financiamento do aborto financiado pelos contribuintes, ele mudou sua posição durante a campanha presidencial.

Mais recentemente, diante de uma nova lei no estado do Texas que proíbe o aborto a partir do momento em que um batimento cardíaco é detectado pela ultra-som, Biden confirmou que sua administração está "profundamente comprometida" com o aborto como um direito constitucional.

Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, Biden "acredita que cabe à mulher tomar essas decisões e cabe à mulher tomar essas decisões com seu médico".

Neste momento, segundo o arcebispo, a administração Biden tem "aproveitado todas as oportunidades para expandir o aborto".

Em uma declaração divulgada no dia 7 de outubro, dom Naumann enfatizou que o programa do Título X, uma política pública para oferecer planejamento familiar aos cidadãos, foi originalmente "destinado e autorizado a ser um programa totalmente separado do aborto".

O aborto, concluiu ele, não é planejamento familiar. Pelo contrário, disse ele, prejudica as mulheres e "tira a vida de uma criança já concebida e em crescimento".

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