A Diocese de Peoria (Estados Unidos) anunciou na segunda-feira que o Venerável Fulton Sheen, famoso evangelizador dos meios de comunicação nos Estados Unidos, será declarado beato em 21 de dezembro, na Catedral de Santa Maria da Imaculada Conceição.

"Parece completamente apropriado que a beatificação ocorra no final dos cem anos de sua ordenação sacerdotal", declarou a Diocese de Peoria, em 18 de novembro.

Dom Sheen nasceu em Illinois, em 1895, e tinha 24 anos quando foi ordenado sacerdote na catedral da diocese em 20 de setembro de 1919.

Em 1951, foi nomeado Bispo Auxiliar de Nova York, onde permaneceu até sua nomeação como Bispo de Rochester, em 1966. Aposentou-se em 1969 e retornou para Nova York, onde morou até sua morte, em 1979.

O Arcebispo Sheen foi um catequista de televisão muito querido nas décadas de 1950 e 1960 nos Estados Unidos. Seu programa de televisão "Life is Worth Living" foi o vencedor de um prêmio Emmy e alcançou milhões de pessoas.

Em 6 de julho, a Congregação para as Causas dos Santos promulgou o decreto que reconhece o milagre atribuído à intercessão de Dom Sheen e que permite a sua beatificação.

O milagre envolve a recuperação inexplicável de James Fulton Engstrom, filho de Bonnie e Travis Engstrom, que aparentemente nasceu morto em setembro de 2010, na cidade de Goodfield, na região de Peoria.

O pequeno não mostrava sinais de vida quando os profissionais médicos tentaram reanimá-lo. No entanto, a mãe e o pai da criança, Bonnie e Travis Engstrom, rezaram ao Arcebispo Sheen para curar seu filho e o milagre ocorreu.

A Diocese de Peoria abriu a causa de beatificação de Dom Fulton Sheen em 2002, depois que a Arquidiocese de Nova York disse que não iria explorar o caso. Em 2012, Bento XVI reconheceu as virtudes heroicas do Arcebispo.

Em 27 de junho, os restos mortais de Dom Fulton Sheen foram transferidos da Arquidiocese de Nova York para Peoria, Illinois, após uma longa batalha judicial sobre o lugar que deveriam ficar os restos mortais do arcebispo, o que colocou a causa de beatificação em espera.

Em seu testamento, Dom Sheen havia declarado seu desejo de ser enterrado no Calvary Cemetery da Arquidiocese de Nova York. Logo após a morte de Dom Sheen, o Cardeal Terence Cooke, de Nova York, perguntou a Joan Sheen Cunningham, a sobrinha e familiar viva mais próxima do prelado, se seus restos mortais poderiam ser colocados na cripta da Catedral de São Patrício, em Nova York e ela aceitou.

Em setembro de 2014, o Bispo de Peoria, Dom Daniel Jenky, suspendeu a causa de Fulton Sheen, alegando que a Santa Sé esperava que restos mortais dele estivessem na Diocese de Peoria.

A sobrinha de Fulton Sheen, Joan Cunningham entrou com uma ação legal pedindo que os restos mortais dele fossem transladados para a Catedral de Santa Maria, em Peoria. A Arquidiocese de Nova York apelou diversas vezes dessa tentativa de transferir os restos mortais.

Em 7 de junho, o Tribunal de Apelações de Nova York rejeitou a apelação final da decisão do Supremo Tribunal de Nova York que confirmava o pedido de Cunningham e mais tarde, naquele mês, os restos mortais de Dom Sheen foram transferidos para Peoria.

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