O arcebispo de Tóquio, dom Tarcisio Isao Kikuchi, pediu a atletas e membros das delegações das Olimpíadas que começam no próximo dia 23 não frequentem as igrejas, por medo de propagação da covid-19. O arcebispo disse em 12 de julho de um "compromisso de não sermos infectados nem permitir que outros sejam infectados".

"Inicialmente, a arquidiocese de Tóquio planejou que cada paróquia atendesse as necessidades espirituais das muitas pessoas que viriam ao Japão para este evento internacional", disse Kikuchi. "No entanto, decidimos cancelar todos os planos e, portanto, não teremos nenhum envolvimento especial nas Olimpíadas e Paraolimpíadas".

Sob o quarto estado de emergência da cidade desde o início da pandemia, a arquidiocese de Tóquio restringiu o número de pessoas dentro das igrejas. Uma dispensa da obrigação de participar das missas dominicais ainda está em vigor na arquidiocese de Tóquio, que atende cerca de 100 mil católicos.

Segundo o governo japonês, ontem, 13 de julho, havia 1.986 pacientes de covid-9 internados em hospitais da área metropolitana de Tóquio, que tem uma população de 36 milhões de pessoas. Segundo a agência Reuters, estima-se que 28% da população japonesa tenha recebido pelo menos uma dose da vacina COVID-19 até 13 de julho. Morreram 2,3 mil pessoas de covid-19 em Tóquio desde o início da pandemia, em 2019.

"Todos nós sabemos que o programa de vacinação está progredindo", disse o arcebispo Kikuchi. "Eu mesmo fui vacinado, assim como o Santo Padre. Mas basicamente temos que decidir por nós mesmos a respeito deste assunto. Além disso, não estamos considerando a idéia de fazer disso um critério, isto é, só permitir a participação na Santa Missa aos que estiverem vacinados".

A orientação sobre visitas a igrejas para visitantes permanecerá em vigor para os Jogos Paraolímpicos, que estão programados para acontecer na área metropolitana de Tóquio, de 24 de agosto a 5 de setembro.

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