A procissão do Domingo de Ramos, que acontece no início da Semana Santa e reúne milhares de fiéis da arquidiocese de Salvador (BA), foi suspensa pelo terceiro ano consecutivo por temor da pandemia de covid-19.

A decisão de manter o evento suspenso foi mantida mesmo com o decreto assinado pelo governador da Bahia, Rui Costa, que torna facultativo o uso de máscaras em ambientes ao ar livre, em todo o território baiano.

No dia 4 de abril, o estado chegou a registrar nenhum novo caso confirmado de covid-19 nas 24h anteriores. Essa foi a primeira vez que não houve novos registros da doença em um dia, desde a confirmação do primeiro caso no estado, em 6 de março de 2020.

Mesmo assim, em carta enviada ao clero local, o arcebispo, cardeal Sergio da Rocha, alega que a pandemia "continua a exigir a observância das medidas estabelecidas pelas autoridades no campo da saúde pública".

Na carta, o cardeal ainda destaca o decreto em vigor do governo da Bahia que conserva medidas a serem adotadas na realização de eventos, como o uso de máscara, o distanciamento e o certificado de vacinação.

Também alegando risco da pandemia, a tradicional festa do Divino Espírito Santo, que celebra Pentecostes, não será realizada neste ano. A tradição conta com o louvor das coletas – recolhimento de esmolas – e a visita dos fiéis às casas das cidades de Barreiras e São Desidério, na diocese de Barreiras.

Em nota, a diocese informou que os festejos foram adiados para 2023 “de modo a prevenir a disseminação do vírus, pois a diminuição dos casos e os efeitos mais leves em alguns, não impedem que outros se contaminem gravemente”.