A filial peruana da organização de fachada "Católicas pelo Direito a Decidir" (CDD) iniciará suas atividades públicas no país com uma conferência do falso frade mexicano Julián Cruzalta, quem há cinco anos abandonou os dominicanos e ganha a vida dando palestras sobre a "urgência" de mudar a doutrina católica para favorecer a legalização do aborto.

Embora se apresente como "Frei Julián Cruzalta O.P.", o auto-proclamado perito em teologia moral foi desautorizado pela Ordem a Dominica por usar desta família religiosa para seus próprios fins.

Em maio de 2008, Cruzalta participou de uma audiência da Suprema Corte de Justiça do México com uma exposição a favor da lei que despenalizou o aborto no Distrito Federal, apresentando-se como frade apesar de estar separado da Ordem Dominicana.

O Serviço Informativo da Arquidiocese do México (SIAME) divulgou então um comunicado do Provincial dos Dominicanos, Frei Gonzalo Ituarte Verduzco, no que se esclarece que Cruzalta "não é sacerdote mas sim foi diácono (grau prévio ao sacerdócio), quer dizer, esteve facultado apenas para auxiliar em algumas tarefas aos sacerdotes".

Frei Ituarte informou que "Julián Cruzalta tinha solicitado permissão ao Superior para retirar-se da ordem por um ano, mas que jamais retornou e que há mais de quatro anos não temos conhecimento dele, portanto, vive secularizado, quer dizer, separado da Ordem sem autorização do padre Provincial Dominicano ou do Cardeal Norberto Rivera Carrera, Arcebispo Primado do México", adicionou SIAME.

Cruzalta percorreu o México com movimentos abortistas, feministas e ativistas homossexuais e há uns anos trabalha como assessor das CDD, quem não duvida ao apresentá-lo como sacerdote e o converteram em um dos porta-vozes mais ativos de sua agenda.

Em recentes declarações à imprensa mexicana Cruzalta repudiou em nome das CDD as iniciativas aprovadas em 14 estados mexicanos para proteger a vida desde a concepção qualificando as de "aberração jurídica" e "vingança" pela despenalização do aborto em México D.F.

Além disso, Cruzalta dirige a polêmica Comunidade Ecumênica Magdala que participa de campanhas a favor das práticas homossexuais.