Depois da oração do Ângelus hoje, 27 de março, o papa Francisco lembrou que há apenas três dias completou um mês "desta guerra cruel e insensata” que teve início em 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia. O papa e alertou para a necessidade de “apagá-la da história humana antes que ela apague o homem da história”.

“Como qualquer guerra, representa uma derrota para todos, para todos nós. É preciso repudiar a guerra, um lugar de morte onde pais e mães sepultam seus filhos, onde homens matam seus irmãos sem sequer tê-los visto”, lamentou o papa.

Francisco afirmou que numa guerra como esta, "os poderosos decidem e os pobres morrem" e assegurou que "a guerra não só destrói o presente, mas também o futuro de uma sociedade".

O papa Francisco destacou que desde o início da guerra, uma em cada duas crianças foi forçada a deixar a Ucrânia. “Isto significa destruir o futuro, causando traumas dramáticos nas crianças. Esta é a brutalidade da guerra, um ato bárbaro e sacrílego”, disse.

“A guerra não pode ser algo inevitável: não devemos nos acostumar com a guerra! Pelo contrário, devemos converter a indignação de hoje no compromisso de amanhã. Porque, se sairmos dessa história como antes, todos seremos culpados de alguma forma”, afirmou o papa.

Francisco também pediu que “diante do perigo da autodestruição, a humanidade entenda que chegou a hora de abolir a guerra, de apagá-la da história humana antes que ela apague o homem da história”.

“Rezo para que todos os líderes políticos reflitam sobre isso que se comprometam com isso! E olhando para a Ucrânia martirizada, entender que cada dia de guerra torna a situação pior para todos", disse o papa. “É por isso que renovo o meu apelo: Chega, pare, calem-se as armas, que se negocie seriamente pela paz”.

“Rezemos incansavelmente à Rainha da Paz, a quem consagramos a humanidade, e em particular a Rússia e a Ucrânia, com uma grande e intensa participação, pela qual agradeço a todos vocês”, concluiu o papa Francisco antes de iniciar a Ave Maria.

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