O Papa celebrou a Missa na Casa Santa Marta na primeira memória da Virgem Maria, Mãe da Igreja e recordou na homilia a dimensão feminina da Igreja, porque não é uma associação beneficente ou um time de futebol, explicou.

O Vaticano estabeleceu a memória através de um Decreto da Congregação para o Culto Divino, assinado em 11 de fevereiro de 2018.

Francisco disse que “a Igreja é feminina”, “é mãe” e quando falta esta identidade ela se torna “uma associação beneficente ou um time de futebol”; quando “é uma Igreja masculina”, infelizmente se torna “uma Igreja de solteirões”, “incapaz de amor, incapaz de fecundidade”.

Na homilia, indicou que Maria sempre é indicada como “Mãe de Jesus”, não “a Senhora” ou “a viúva de José”. “A Igreja é feminina, porque é ‘Igreja’, esposa: é feminina. É mãe, dá à luz. Esposa e mãe. E nessa atitude de Maria, que é Mãe da Igreja, neste comportamento podemos entender essa dimensão feminina da Igreja que, quando não existe, a Igreja perde a verdadeira identidade e se torna uma associação beneficente ou um time de futebol ou qualquer outra coisa, mas não a Igreja”.

O Papa destacou que só uma Igreja feminina poderá ter “comportamentos de fecundidade”, segundo as intenções de Deus, que “quis nascer de uma mulher para nos ensinar este caminho de mulher”.

“O importante é que a Igreja seja mulher, que tenha esta atitude de esposa e mãe. Quando nos esquecemos disso, é uma Igreja masculina, sem esta dimensão, e se torna tristemente uma Igreja de solteirões, que vivem no isolamento, incapazes de amor, incapazes de fecundidade”.

“Sem a mulher, a Igreja não vai adiante, porque ela é mulher. Esta atitude de mulher vem de Maria, porque Jesus quis assim”, acrescentou.

Confira também: