Mais de dois mil lenços de cor azul celeste foram distribuídos no dia 16 de maio na província de Buenos Aires, para lembrar que, apesar da lei do aborto adotada na Argentina, a causa pró-vida não desiste. A lei do aborto, promessa eleitoral do presidente argentino Alberto Fernández, foi aprovada em  30 de dezembro de 2020 pelo Congresso Argentino.

Os lenços celestes foram entregues em mais de 50 municípios da capital e periferias para comemorar os três anos do seu uso. Eles simbolizam a causa pró-vida e o início da campanha eleitoral do Partido Celeste, que reúne candidatos pró-vida às eleições parlamentares de outubro de 2021.

A distribuição dos lenços foi realizada pelos voluntários do Partido Celeste e da fundação Más Vida, ONG que se dedica a defender a vida dos mais vulneráveis ​​e das mulheres.

O secretário-geral do Partido Celeste, Claudio Venchiarutti, disse à ACI Prensa que a acolhida à iniciativa foi positiva. “Em cada bairro as pessoas abraçaram com esperança de que, em 2021, possa ser votada uma nova política fundamentada em valores de vida, na família e na república”, disse.

Por sua vez, Ayelén Alancay, diretora da fundação Más Vida, disse estar feliz e grata porque “as pessoas nos bairros expressaram sua insatisfação com a lei” sobre o aborto.

A Argentina “tem uma grande rejeição à lei do aborto” e apesar de sua vigência “as portas ainda estão abertas para participar de atividades pró-vida. O povo nos acompanha nesse grito”.

Na sua declaração para ACI Prensa, o dirigente do Más Vida afirmou que a frase “ninguém se rende aqui”, bradada pelos argentinos apesar da aprovação da lei do aborto em 30 de dezembro de 2020, continua mais vigente do que nunca.

“Hoje, todos nós pró-vida somos abolicionistas modernos que lutam pelos direitos humanos. Tenho a convicção, e é o que transmitimos a todos os que apoiam a causa, que hoje estamos escrevendo a história, as linhas que nossos filhos e netos certamente lerão no futuro”.

Portanto, “temos que ser essa voz para que possamos abolir esse flagelo do aborto”, disse Alancay.

Desde então, organizações pró-vida, advogados e juízes têm tentado declarar a lei inconstitucional em diferentes províncias.

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