A Arquidiocese de Teresina (PI) informou na terça-feira que 15 das 17 religiosas do Carmelo de Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz foram diagnosticadas com Covid-19.

Segundo nota publicada pela Arquidiocese, três religiosas “foram hospitalizadas e duas já voltaram ao Carmelo”. Além disso, as outras duas carmelitas que não contraíram o coronavírus “estão cuidando das outras”.

Uma equipe médica tem acompanhado “diariamente as irmãs com zelo e competência”.

“Os amigos e benfeitores tem sido presença constante e rogamos a Deus que continuem. Pedimos orações de todos e rogamos que evitemos notícias sem fundamento ou alarmistas que só atrapalham o emocional das nossas amadas irmãs”, conclui o comunicado.

Em declarações ao site ‘Cidadeverde.com’, a madre priora Maria Elisabete, uma das religiosas que testaram negativo, afirmou que estão enfrentando a situação com tranquilidade e “fé em Deus”.

A madre ressaltou como o vírus se propagou rapidamente no Carmelo. “A primeira irmã começou a sentir dor nas pernas. O teste deu negativo e continuamos cuidando todo mundo junto. Aí foi rápido. Os sintomas estranhos tomaram conta das irmãs. Percebi que tinha algo estranho e recorri ao Padre Tony Batista [vigário geral da Arquidiocese de Teresina] e pedi teste para toda comunidade, que nos deu assistência muito rápida. O vírus agiu rápido, mas também tomamos providência rápido”, contou, ao acrescentar que “todas estão evoluindo bem”.

“Veja como Deus é providente: deixou duas para cuidar das outras”, observou madre Maria Elisabete.

A religiosa contou que não sabe como o vírus chegou ao Carmelo, uma vez que adotaram todos os protocolos de saúde e as carmelitas estavam isoladas desde o início da pandemia. Entretanto, recordou que vários casos de Covid-19 foram registrados na rua onde o Carmelo está localizado.

‘Cidadeverde.com’ ressalta que o bairro de Angelim, onde fica o Carmelo, é o terceiro com mais casos confirmados de Covid-19 em Teresina, segundo o Painel da Fundação Municipal de Saúde.

“Fizemos de tudo que estava ao nosso alcance. Tudo que vinha de fora era lavado, higienizado, usamos luvas, máscaras. Acho que temos que aprender a conviver com esse problema. Temos que fazer nossa parte e não se apavorar. Deus está no comando. Ele é quem cuida”, concluiu Madre Maria Elisabete.

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