A nova presidente da Suprema Corte de Justiça, Sara Bossio, que assumirá este cargo em 1o. de fevereiro, declarou-se partidária de não penalizar o aborto no Uruguai.

Bossio argüiu que o país deve terminar com o que considera “duplo discurso” sobre o aborto. Segundo declarações recolhidas pelo semanário Busca e divulgadas pelo jornal O Espectador, sente-se preocupada com as mulheres pobres que “se enchem de filhos e não têm possibilidades de praticar um aborto, quando as mulheres com recursos vão a qualquer clínica e os fazem”.

Embora até o momento fracassassem as tentativas por não penalizar o aborto irrestrito, a legisladora da “Vertente Artiguista”, Margarida Percovich, antecipou neste mês que apresentará ao Parlamento do Uruguai um novo projeto de lei.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

“Neste ano, como tínhamos tantos projetos de grandes reforma, não quiséssemos incluí-lo na agenda da Comissão de Saúde do Senado, mas pensamos apresentá-lo em 2007”, anunciou a Percovich em uma entrevista concedida ao jornal “La República”.

A senadora feminista assinalou que nesta ocasião para evitar o fracasso no Senado que impediu a legalização do aborto em 2005, o projeto de lei se apresentará “como um tema de direitos humanos” e não como um tema de saúde.

O Presidente Tavaré Vásquez, um líder de esquerda que expressou seu total compromisso com a defesa do não nascido, assinalou do início de seu governo que vetará qualquer lei que pretenda legalizar o aborto no país.