O vaticanista do semanário L’Espresso, Sandro Magíster, analisa em um artigo publicado nesta quarta-feira o debate crescente entre os católicos italianos sobre com que evangélicos protestantes a Igreja deveria relacionar-se.

Segundo explica Magister, o debate é suscitado entorno a uma pesquisa levantada pela Igreja Valdense –uma das denominações protestantes mais antigas da Itália- que coloca em evidência as discrepâncias existentes entre os católicos sobre quais são as denominações protestantes que deveriam ser consideradas “interlocutoras válidas”.

A pesquisa revela que os italianos  têm um grande desconhecimentos do mundo evangélico –a maioria, por exemplo, acha que o Presidente George W. Bush é católico-; e apreciam mais aos protestantes por seu “compromisso social” do que pela coerência de vida com sua fé.

Segundo revela Magister, os círculos intelectuais católicos estão mais dispostos a dialogar com as denominações protestantes “tradicionais” (luteranos, anglicanos, valdenses); mas mostram uma grande hostilidade  com os evangélicos considerados “fundamentalistas”.

Entretanto, segundo Magister, este duplo padrão dos intelectuais católicos foi criticado energicamente pelo pastor  valdense Giorgio Bouchard; um protestante “progressista”, que entretanto admite que os movimentos pentecostais chamados “fundamentalistas” representam “em uma época infestada pelo pior relativismo moral e de um materialismo sufocante, uma nova e  legítima interpretação da piedade cristã”.

Segundo Magister, Bouchard chama os intelectuais, “católicos ou não”, a abandonar o velho preconceito de que todo movimento evangélico proveniente dos Estados Unidos é na realidade “um complô da CIA”.

O ensaio completo de Magister pode ser lido em: www.chiesa.espressonline.it/english