OTTAWA, 10 de mai de 2006 às 15:17
O Bispo de Calgary, Dom Frederick Bernard Henry, afirmou que deixará de apoiar financeiramente a Anistia Internacional (AI), dado que sua proposta "por defender o aborto é doentia e uma grave traição em sua campanha pelos direitos humanos".Conforme informa o site pró-vista, LifeSiteNews.com, o Prelado canadense indicou que é "impossível que alguém possa ter o ‘direito’ de fazer algo que definitivamente vai contra a natureza e dignidade humanas".
"A visão do AI é que no mundo toda pessoa desfrute de todos os direitos humanos estabelecidos na Declaração Universal destes. Parece que perderam de vista o artigo 3 que diz: ‘toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança’", precisou o Prelado.
Para o Bispo de Calgary, "dado que parte de sua missão (do AI) é investigar e atuar para prevenir o abuso dos direitos, teria sido mais lógico que dirigissem seus esforços a investigar e explorar o estato médico do não nascido em vez de defender uma traição contra estas crianças mais vulneráveis". "Eu, por mim, deixarei de ajudar financeiramente a Anistia Internacional", assinalou.
Por sua vez, Sylvain Salvas, um dos dois diretores do serviço de comunicações da Conferência de Bispos Católicos do Canadá, indicou que "não apoiamos nenhum projeto que favoreça o aborto, isso é certo".
Do mesmo modo, Janet Epp Buckingham da Evangelical Fellowship of Canada declarou que esta "é uma notícia decepcionante. Penso que poderia ter um impacto negativo no trabalho que realiza (AI) pelos presos de consciência e acredito que terá um maior impacto no apoio dos cristãos evangélicos para Anistia, particularmente se isso se tornar uma tendência global".