7 de nov de 2025 às 16:09
Três dias depois da publicação do documento Mater populi fidelis pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, o bispo de Frederico Westphalen (RS), dom Antônio Carlos Rossi Keller, usou as redes sociais para ensinar sobre o papel de Maria como “Medianeira de todas as graças”.
“Que Maria seja medianeira de todas as graças não significa que Maria seja fonte das graças (a fonte é sempre Cristo), mas que Deus quis associá-la à distribuição das graças, em virtude de sua maternidade divina e de sua perfeita união com a vontade de Deus”, disse dom Antônio. “A mediação de Maria é participada, subordinada e materna, enquanto a de Cristo é essencial, redentora e única”.
Nossa Senhora Medianeira é a padroeira do Rio Grande do Sul e foi coroada em 2023 como Rainha do Povo Gaúcho, título concedido pela Santa Sé depois das enchentes que afetaram o Estado em maio de 2023.
O Dicastério para a Doutrina da Fé publicou a nota doutrinal Mater populi fidelis (Mãe do Povo Fiel de Deus), assinado pelo prefeito cardeal Víctor Manuel Fernández na terça-feira (4) e aprovada pelo papa Leão XIV. A nota desaconselha o uso deste título para Nossa Senhora por considerar que “alguns títulos, como por exemplo o de Medianeira de todas as graças, tem limites que não facilitam a correta compreensão do lugar único de Maria”.
Na publicação do Instagram, dom Antônio diz que “Medianeira vem de mediatrix (latim): aquela que está no meio, que intercede ou facilita a comunicação”.
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“Na teologia católica”, continua ele, “Maria é chamada Medianeira porque, por sua cooperação única no plano da salvação (como Mãe do Verbo Encarnado), todas as graças que vêm de Cristo passam, de algum modo, por sua intercessão materna”.
“A mediação de Maria é participada, subordinada e materna, enquanto a de Cristo é essencial, redentora e única”, disse.
“Maria é Medianeira de todas as Graças não porque as cria, mas porque Deus quis que todas passassem por suas mãos de Mãe, para que, por meio dela, cheguemos mais facilmente a Jesus”, concluiu dom Antônio.
O que ensinou dom Antônio, está em conformidade com o que diz a nota doutrinal sobre o uso da palavra mediação. “É inevitável que se aplique a Maria no sentido subordinado e de nenhum modo se pretenda acrescentar alguma eficácia, ou potência, à única mediação de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem”, diz a nota da Santa Sé.




