Ressurreição de Cristo é a chave para compreender o mal, o sofrimento e a morte, diz Leão XIV

5 de nov de 2025 às 09:25

O papa Leão XIV disse hoje (5) que o anúncio da Páscoa torna-se "cuidado e cura" que alimenta a esperança diante dos "desafios assustadores" que a vida apresenta todos os dias, como a presença do "mal" no mundo ou da "morte".

“N’Ele temos a certeza de poder encontrar sempre a estrela polar para orientar a nossa vida de aparente caos, marcada por factos que muitas vezes nos parecem confusos, inaceitáveis, incompreensíveis: o mal, nas suas múltiplas facetas, o sofrimento, a morte”, disse o papa na audiência geral de hoje.

Leão XIV prosseguiu, assim, o ciclo de catequese dedicado ao Mistério Pascal, dizendo que a Ressurreição de Jesus “não pertence a um passado distante, agora sedimentado na tradição”, mas constitui o “eixo da vida do cristão”, o ponto em torno do qual giram todos os outros acontecimentos da fé.

Sem cair no "sentimentalismo", disse ele, "podemos dizer que todos os dias são Páscoa".

“Vivemos, de hora em hora, tantas experiências diferentes: dor, sofrimento, tristeza, entrelaçadas com alegria, admiração, serenidade. Mas, em todas as situações, o coração humano anseia pela plenitude, por uma felicidade profunda”, disse o papa, citando santa Teresa Benedita da Cruz, cujo nome no século era Edith Stein.

Leão XIV exortou os fiéis a olhar para a existência humana com realismo e esperança: " Estamos imersos no limite, mas também nos esforçamos por superá-lo".

A notícia mais emocionante que já repercutiu na história

Nesse contexto, o papa disse que o anúncio da Páscoa é "a notícia mais bela, alegre e comovedora que ressoou ao longo da história", porque atesta "a vitória do amor sobre o pecado e da vida sobre a morte".

Leão XIV evocou, assim, a passagem bíblica que narra a manhã de Páscoa, quando as mulheres, indo ao túmulo para ungir o corpo de Jesus, o encontraram vazio. Aquele momento, disse ele, "muda tudo": a história da humanidade e o destino de cada pessoa.

“Meditando o mistério da Ressurreição, encontramos resposta à nossa sede de significado”, disse o papa.