23 de out de 2025 às 16:13
O arcebispo de Valladolid, Espanha, Luis Argüello, disse que a rainha Isabel de Castela foi uma "grande discípula" de Jesus Cristo, ao inaugurar uma conferência em Bogotá, Colômbia, para promover o processo de canonização dela.
A conferência Isabel la Católica, hoy (Isabel a Católica, hoje), promovida pela Comissão Isabel la Católica da arquidiocese de Valladolid, ocorre na pinacoteca do Convento Dominicano.
Argüello, presidente da Conferência Episcopal Espanhola, disse que, depois da chegada dos espanhóis ao continente americano em 1492, "ocorreu uma fascinante aventura histórica que, cinco séculos depois, refletindo também lendas de outras épocas, está sendo novamente colocada em dúvida pela chamada cultura do cancelamento".
Para o arcebispo, apesar da boa intenção de "colocar-se no lugar das vítimas", a conquista e a evangelização da América são frequentemente julgadas "com categorias ideológicas com interesses do momento presente" e de modo "sectário".
O arcebispo falou sobre sua esperança de que o congresso sirva para "propor a vida de santidade e a santidade dos leigos em meio aos assuntos temporais, e particularmente daqueles que vivem o que os papas, na doutrina social da Igreja, chamaram recentemente de caridade social ou caridade política", por meio da figura da serva de Deus Isabel de Castela.
Além do bispo Argüello, o bispo de Ávila, Espanha, Jesús Rico, também viajou a Bogotá, já que o local de nascimento da rainha, Madrigal de las Altas Torres, fica em sua diocese.
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O presidente da CEE enfatizou que, além das reflexões históricas, acadêmicas ou biográficas, há "uma pessoa que nos une", Jesus Cristo, em torno do qual "surgiram tantos discípulos missionários, e hoje queremos ter em nosso centro uma grande discípula, com uma extraordinária paixão missionária em seu coração, Isabel de Castela".
O arcebispo de Valladolid disse também que "o que a rainha tinha no coração é o desejo de difundir o Evangelho, de levar consigo o que carregava no coração e que, de um modo ou de outro, isso inspiraria a construção dessa nova comunhão de reinos na Espanha no fim do século XV".
Por outro lado, e independentemente do resultado do processo canônico para a beatificação e posterior canonização de Isabel a Católica, Argüello disse ter interesse em "poder colaborar desde a causa na importância de rever juntos essa grande aventura histórica, de reunir também os valores do encontro, do cruzamento, do intercâmbio de culturas nas diversas expressões do desenvolvimento humano, para olhar para frente neste momento de enormes desafios históricos".
Nesse contexto, Argüello disse que a herança hispânica, ligada em suas origens à fé católica, “tem a capacidade, a possibilidade, de construir um futuro de esperança para todos os nossos povos”.




