17 de out de 2025 às 12:37
A festa de santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o frei Galvão, começou ontem (16), em Guaratinguetá (SP), cidade natal do santo. A abertura da novena ao primeiro santo brasileiro aconteceu com uma procissão na cidade com uma relíquia de frei Galvão.
Os franciscanos responsáveis pelo santuário de Frei Galvão e fiéis se reuniram na madrugada de ontem no museu e casa de Frei Galvão e de lá saíra e procissão pelas ruas da cidade com uma relíquia do santo, o cordão do seu hábito.
Segundo o santuário de Frei Galvão, essa “nova tradição” teve início “com um gesto muito significativo, a renovação do gesto de pedido de benção dos freis à família de são frei Galvão”, o casal Thereza Maia e José Carlos de França Maia, descendente de um dos irmãos do santo. Este gesto foi feito pela primeira vez quando os franciscanos assumiram o santuário, em abril de 2021, e foram pedir a bênção à família do santo.
Depois de receber a bênção da família de frei Galvão, os freis e os devotos saíram em procissão, durante a qual alternavam louvores e a oração do terço. Ao chegarem ao santuário, foi celebrada a missa, com a entrada solene da relíquia.
À tarde, teve início a novena a frei Galvão, que segue até o dia 24, com missas celebradas às 15h e às 19h30.
Neste ano, a festa de são frei Galvão tem como tema “Com Frei Galvão, cultivemos a paz com toda a criação” e o lema “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos do altíssimo” (Mt 5,9).
A expectativa do santuário é receber cerca de 100 mil pessoas ao longo da festa.
No dia de frei Galvão, 25 de outubro, haverá missas às 7h, 9h, 11h, 13h e 15h. Às 16h30, acontecerá a procissão solene, seguida da missa de encerramento às 19h.
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São frei Galvão
Antônio de Sant’Anna Galvão nasceu em Guaratinguetá, em 10 de maio de 1739, em uma família que tinha muitas posses. Mas, abriu mão de tudo para atender ao chamado de Deus e seguir a vida religiosa.
Aos 16 anos, entrou para o convento franciscano de São Boaventura de Macacu, no Rio de Janeiro (RJ). Em 1761, fez seus votos solenes e, um ano depois, foi admitido à ordenação sacerdotal. Foi, então, enviado para o convento de São Francisco, em São Paulo, a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia e exercitar-se no apostolado.
Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Luz, das irmãs concepcionistas. O próprio frei Galvão projetou e trabalhou na construção do recolhimento, incluindo a capela.
Mais tarde, em 1811, atendeu ao pedido do bispo de São Paulo (SP) e fundou também o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba (SP).
Já com a saúde debilidade, frei Galvão recebeu autorização especial para morar no Recolhimento da Luz, onde passou os últimos dias de sua vida, aos cuidados das religiosas.
Morreu em 23 de dezembro de 1822, aos 83 anos, com fama de santidade por toda uma vida dedicada a Cristo e às obras de caridade. Foi beatificado por são João Paulo II em 25 de outubro de 1998 e canonizado em 11 de maio de 2007 por Bento XVI, em São Paulo.




