O bispo de Salford, Inglaterra, John Arnold, condenou um ataque mortal ontem (2) a uma sinagoga de Manchester no Yom Kippur, a celebração mais importante para os judeus, pedindo solidariedade e oração à comunidade judaica.

A Conferência Episcopal da Inglaterra e de Gales divulgou a declaração de Arnold ontem depois do ataque na parte da manhã na sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, onde um agressor armado com uma faca teria atingido fiéis reunidos para orar.

“A comunidade católica local se une em nossas orações pela comunidade judaica depois do trágico ataque a uma sinagoga em Manchester”, disse Arnold ontem. “Condenamos tais atos e oramos pelos feridos, pelos socorristas e por todos os afetados”.

O bispo britânico enfatizou a necessidade de unidade inter-religiosa contra o extremismo, dizendo: “Trabalhemos juntos na esperança de fortalecer a solidariedade da nossa comunidade. Devemos permanecer unidos em nossas crenças comuns contra aqueles que semeiam ódio e divisão. Também rezamos pela paz e tolerância no Reino Unido e no mundo”.

Segundo a rede de comunicação britânica BBC News, policiais disseram ter sido alertados às 9h31, horário local, sobre um atropelamento e esfaqueamento em frente à sinagoga. Policiais armados atiraram num homem que se acredita ser o suspeito às 9h38.

Como o homem foi encontrado com “itens suspeitos” presos ao corpo, equipes de desarmamento de bombas foram chamadas e, mais tarde, fizeram uma explosão controlada.

Presume-se que o suspeito esteja morto, embora a confirmação oficial ainda esteja pendente. Outras três vítimas permanecem em estado grave.

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O momento do ataque no Yom Kippur — o dia mais sagrado do calendário judaico — alimentou temores de violência religiosa direcionada.

Uma grande congregação estava reunida para as orações matinais quando o ataque começou.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, abreviou sua participação na 7ª Cúpula da Comunidade Política Europeia, na Dinamarca, para fazer reuniões de emergência, anunciando proteção policial reforçada para as sinagogas em todo o país.

“Faremos tudo para manter nossa comunidade judaica segura”, enfatizou Starmer, chamando o momento do ataque na festa de Yom Kippur de particularmente “horrível”.

O rei da Inglaterra, Carlos III, disse estar "profundamente chocado e triste" com a violência. O monarca elogiou a rápida ação dos socorristas.

A investigação continua com forte presença policial mantendo a segurança ao redor da sinagoga.