25 de set de 2025 às 11:53
O papa Leão XIV recebeu hoje (25) o padre Arturo Sosa, superior-geral da Companhia de Jesus, e os colaboradores da revista jesuíta La Civiltà Cattolica na Sala do Consistório, no Palácio Apostólico, no Vaticano, por ocasião do 175º aniversário da revista.
O papa agradeceu o "serviço fiel e generoso” prestado “à Sé Apostólica por tantos anos". Segundo o papa, a publicação torna a Igreja presente "no mundo da cultura, em harmonia com o magistério do papa e as diretrizes da Santa Sé".
“Uma de suas características é que sabe abordar os acontecimentos atuais sem ter medo de enfrentar seus desafios e contradições”, disse Leão XIV.
"Educar as pessoas para um engajamento inteligente e ativo no mundo, tornando-se a voz dos menores entre estes e sendo arautos da esperança", é a missão principal da revista jesuíta, segundo o papa.
Para ele, a publicação "pode ajudar os leitores a compreender melhor a complexa sociedade em que vivemos, avaliando seus pontos fortes e fracos, em busca daqueles sinais dos tempos para os quais o Concílio Vaticano II chamou a nossa atenção". Isso permite aos leitores "dar contribuições válidas, também no nível político, sobre questões como equidade social, família, educação, novos desafios tecnológicos e paz".
Para Leão XIV, os artigos de La Civiltà Cattolica podem oferecer “instrumentos hermenêuticos e critérios úteis de ação, para que todos possam contribuir para a construção de um mundo mais justo e fraterno, na verdade e na liberdade”.
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“Ser a voz dos pequenos é, portanto, um aspecto fundamental da vida e da missão de todo cristão”, disse Leão XIV. “Exige, sobretudo, uma grande e humilde capacidade de escuta, de estar próximo de quem sofre, de reconhecer em seu grito silencioso o do Crucificado que diz: Tenho sede”.
Só assim é “possível tornar-se eco fiel e profético da voz de quem precisa, rompendo todo ciclo de isolamento, solidão e surdez”.
Leão XIV disse que, como arauto da esperança, Civiltà Cattolica deve “opor-se à indiferença de quem permanece insensível aos outros e à sua legítima necessidade de futuro, assim como superar a desilusão de quem já não acredita na possibilidade de empreender novos caminhos, mas sobretudo recordar e proclamar que para nós a última esperança é Cristo, o nosso caminho”.
“Nele e com Ele, não há mais becos sem saída em nosso caminho, nem realidades que, por mais difíceis e complicadas que sejam, podem nos deter e nos impedir de amar a Deus e aos irmãos com confiança”, disse o papa.
Para Leão XIV, a missão de La Civiltà Cattolica é “capturar o olhar de Cristo sobre o mundo, cultivá-lo, comunicá-lo, testemunhá-lo”.

