19 de set de 2025 às 15:40
Lila Rose, da organização pró-vida americana Live Action, mostrou por que ela é uma das vozes mais articuladas do movimento pró-vida. E o momento não poderia ter sido mais providencial.
Depois do assassinato de seu amigo Charlie Kirk em 10 de setembro, em um debate aberto em um campus universitário em Utah, EUA, Rose participou do debate “Aborto e Direitos Humanos”, organizado pela União Política de Yale na Yale University.
Sua oponente foi Frances Kissling, uma veterana defensora dos direitos ao aborto e ex-presidente da Catholics for Choice e da National Abort Federation.
O local do debate foi transferido da sede da Yale Political Union para o Whitney Humanities Center para reforçar a segurança. O evento transcorreu sem incidentes. Curiosamente, os participantes expressavam sua posição batendo os pés em apoio ou assobiando em desaprovação ao que cada palestrante dizia.

Rose disse ao jornal National Catholic Register, da EWTN, que inicialmente havia considerado cancelar o debate por causa de compromissos familiares e da direção da Live Action, mas o assassinato de seu amigo a fez reconsiderar e ela decidiu viajar para Connecticut.
“Já faz uma semana desde a morte dele”, disse Rose. “Eu havia dito inicialmente: Não posso ir, mas deixem-me ajudá-los a encontrar um substituto para mim. E tentamos encontrar um. Mas na semana passada, Charlie foi assassinado, e eu senti muito forte depois: Preciso ir e estar em New Haven para este debate. E eu realmente sinto que, mais do que nunca, precisamos falar a verdade com amor, ser corajosos em nossa fé e ser corajosos na verdade. Foi o que Charlie fez. E era isso que ele estava fazendo quando morreu”.
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Ao final desses debates, é feita uma votação a favor ou contra a resolução. Na terça-feira (16), a assembleia votou por 60-31 (com uma abstenção) para rejeitar a resolução "Escolha acima da vida" que afirmava que a liberdade de escolha [e mais importante do que a vida do bebê.
Ironicamente, os participantes no debate da Yale Political Union na semana anterior à morte de Kirk votaram para rejeitar a resolução "A violência nunca é a resposta", segundo o Yale Daily News.
“Acredito que há um movimento agora, por obra do Espírito Santo e também por causa da morte de Charlie, para defender a verdade, para buscar a Deus”, disse ela ao Register. “Acho que vocês relataram um aumento estimado de 15% na frequência à missa nos campi universitários no último fim de semana, incrível. Portanto, acredito que todos nós temos a responsabilidade - aqueles de nós que recebemos o dom da fé e da verdade - de proclamá-la e vivê-la, e de fazer tudo isso com amor”.
Em última análise, o voto final dos presentes refletiu o impacto dos argumentos de Rose. Ela disse ao Register que isso reflete o que costuma acontecer em suas conferências.
“Há uma profunda sensação de caos e confusão, e também uma luta interior: Do que se trata a vida?, Como deveríamos viver?, O que tudo isso significa?”, disse ela. “Muitas pessoas estão tristes, ansiosas e infelizes com suas vidas porque não conhecem a verdade. Elas não estão vivendo em comunhão com Deus. Acredito que os cristãos, especialmente os católicos, temos a oportunidade de ser testemunhas de esperança. E é isso que precisamos ser, com grande fervor, porque não podemos simplesmente criar nossos próprios pequenos refúgios e viver nossas próprias vidas sem nos importarmos com os outros. Nosso trabalho é cuidar de nossos próximos e do futuro deste país, e Deus nos dará toda a graça para tudo o que Ele nos pedir”.
Enquanto isso, Rose é clara em sua decisão de continuar palestrando em todo o país.
“Acho que vamos continuar fazendo isso e faremos o nosso melhor para ter segurança adequada. Tivemos uma segurança fantástica esta noite e sou grata à nossa equipe e à equipe da polícia de Yale”, disse ela. “Não podemos ter medo. Não podemos recuar. Acho que, mais do que nunca, precisamos nos levantar e falar com amor. Acho que este é um ponto de virada, ou, como diria Charlie, um turning point".
"Vamos vencer em cada campus universitário", concluiu. "O movimento pró-vida vai conquistar corações e mentes. Temos a verdade, temos a bondade da pessoa humana e o valor da pessoa humana feita à imagem de Deus, e vamos vencer na cultura, e vamos vencer também na esfera política. Este país vai ser diferente. E isso está acontecendo agora".




