4 de set de 2025 às 16:22
O Dia Municipal de Combate à Cristofobia na capital mineira foi instituído ontem (3) no Diário Oficial do Município de Belo Horizonte (DOM), com a promulgação do presidente da Câmara de Belo Horizonte, o vereador professor Juliano Lopes (Pode-MG). A data será celebrada anualmente no domingo de Páscoa.
Segundo a Câmara de Belo Horizonte, a promulgação ocorreu depois do fim do prazo de 15 dias úteis para a possível sanção ou veto do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil-MG) que, segundo “a Lei Orgânica de Belo Horizonte, passado esse intervalo, se a lei não for sancionada dentro de 48 horas, cabe ao presidente da Câmara promulgar a proposta”.
O texto de autoria do vereador Pablo Almeida (PL-MG), diz que a lei que institui o Dia Municipal de Combate à Cristofobia “justifica-se pela crescente onda de abusos e ataques contra a fé cristã observados na sociedade contemporânea, que tem se intensificado nos últimos anos”. Esta data, segundo Pablo Almeida, pretende promover a reflexão sobre a "importância do respeito à liberdade religiosa" e de repúdio a qualquer forma de violência.
Segundo os dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Minas Gerais registrou 223 denúncias de violações à liberdade religiosa entre janeiro e agosto de 2025. No âmbito nacional, o Brasil contabilizou 2.472 denúncias em 2024. As religiões mais afetadas foram a umbanda com 151 casos, o candomblé com 117, a evangélica com 88, a católica com 53 e a espírita com 36.
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Segundo o vereador, “tais episódios geram um ambiente de intolerância religiosa e desrespeito aos valores cristãos, os quais são fundamentais para a identidade de muitos cidadãos de Belo Horizonte”.
“Recentemente, no Carnaval de 2025, um ato de desrespeito a fé cristã foi protagonizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, que, por meio de sua rede social oficial no Instagram, repostou um vídeo de dois foliões — um fantasiado de Jesus e o outro de Diabo — se beijando”, disse Pablo Almeida. “A atitude gerou indignação entre a comunidade cristã e evidenciou a necessidade urgente de reflexão sobre os limites da liberdade de expressão e o respeito às crenças religiosas”.
O vereador também contou que uma “ex-funcionária de uma universidade privada do Sul do país protagonizou um ato no Bloco da Laje, durante o carnaval, em que encenou uma figura de Jesus Cristo utilizando uma tanga fio-dental”.
“Tal atitude, claramente desrespeitosa e ofensiva, causou profundo mal-estar e indignação entre os cristãos, sendo denunciada por juristas evangélicos, que a qualificaram como blasfêmia e vilipêndio religioso contra a fé cristã”, relatou. Para o vereador, “esses episódios, entre outros, configuram um quadro preocupante, que exige medidas de conscientização e combate a atitudes que violam os direitos das comunidades cristãs”.




