28 de ago de 2025 às 12:38
O papa Leão XIV recebeu o bispo auxiliar de Manágua, Nicarágua, Silvio Báez, exilado desde 2019, com dois outros bispos nicaraguenses em audiência privada no Vaticano, disse o próprio Báez.
“O Santo Padre Leão XIV recebeu-me em audiência privada no sábado, 23 de agosto, junto com monsenhor Herrera e monsenhor Mora”, disse o bispo na rede social X.
Nas fotos do encontro nas redes sociais aparece também o frade Emilio José Martínez González, professor do Pontifício Instituto de Espiritualidade Teresianum, em Roma, que é carmelita como o bispo Báez.
“Celebramos a recepção, pelo papa Leão XIV, dos bispos Herrera, Báez e Mora, exilados pela ditadura”, diz a publicação na rede social X. “Seus testemunhos confirmam que a verdadeira Igreja de Cristo acompanha o povo nicaraguense e sustenta sua fé na justiça e na liberdade”.
A Igreja na Nicarágua é duramente perseguida pelo governo do país desde 2018, quando apoiou protestos contra as más condições de vida no país.
Dos nove bispos da Nicarágua, quatro vivem no exílio. Além de dom Báez, o bispo de Matagalpa e administrador apostólico de Estelí, Rolando Álvarez; o bispo de Siuna, Isidoro Mora; e o bispo de Jinotega, Carlos Enrique Herrera, presidente da Conferência Episcopal da Nicarágua, deixaram o país.
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Em 23 de agosto, a Sala de Imprensa da Santa Sé, só informou sobre o encontro entre Herrera e o papa, sem dar mais detalhes.
Silvio Báez disse na rede social X que, com seus irmãos bispos e o papa Leão XIV, conversou “longamente sobre a Nicarágua e sobre a situação da Igreja em particular”.
"Ele me encorajou a continuar meu ministério episcopal e me confirmou como bispo auxiliar de Manágua”, disse o bispo que hoje vive nos EUA. “Agradeço sinceramente sua acolhida fraterna e suas palavras encorajadoras".
ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, entrou em contato com Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, para perguntar por que só o encontro do papa com o bispo Herrera foi noticiado e para perguntar por que o bispo Rolando Álvarez, exilado em Roma, não participou do encontro. Nenhuma resposta foi recebida até a publicação desta matéria.




