19 de ago de 2025 às 10:09
As principais ruas de várias cidades de Honduras ficaram lotadas no último sábado (16) com a participação de milhares de cidadãos na "Caminhada de Oração por Honduras", iniciativa convocada pela Igreja Católica e pela Comunidade Evangélica de Honduras para rezar pelas eleições gerais de 30 de novembro.
Cerca de 230 mil pessoas se reuniram em Tegucigalpa e cerca de 80 mil em San Pedro Sula, segundo dados fornecidos à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, pelos organizadores. Manifestações em massa também foram registradas em outras cidades, como La Ceiba, Danlí, Siguatepeque, Santa Rosa de Copán e 40 outros municípios, embora os números oficiais ainda não estejam disponíveis.
No fim do dia, o arcebispo de Tegucigalpa, José Vicente Nácher, e o pastor Gerardo Irías leram uma mensagem conjunta na qual expressaram sua satisfação pelo fato de o país "ter visto que é possível caminhar juntos”.
“A diversidade na liberdade nos enriquece mutuamente", disseram.
Os líderes religiosos enfatizaram que não se tratava de uma manifestação política ou de apoio a candidatos, mas sim que o chamado era motivado "pela fé em Jesus Cristo e por um amor sincero por Honduras”.
“Essa sempre foi a verdadeira intenção desta marcha", disseram eles.
Transparência nos valores dos candidatos
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Em sua declaração, eles pediram aos aspirantes à presidência, assim como às 128 cadeiras de deputado do Congresso Nacional de Honduras, 298 prefeitos e 20 representantes do Parlamento Centro-Americano, que "expressem publicamente os valores que os inspiram, como mais um ato de transparência e informação".
“Entre nós — os manifestantes — há diversidade de pessoas unidas pelos valores do Evangelho de Jesus Cristo”, disseram. “Por meio do nosso exemplo — como mensageiros da paz — que esses valores de reconhecimento mútuo e honra se espalhem por todos os cantos do país”.
Eles também pediram aos setores político e social que promovam "o encontro aberto e o diálogo, em busca do bem comum que nós, hondurenhos, tanto almejamos".
Aos seis milhões de hondurenhos que poderão votar nas próximas eleições, as autoridades pediram para que "exerçam o seu direito de voto com respeito, responsabilidade e entusiasmo" e “que cada um faça a sua própria escolha, em sua própria consciência".
"O olhar atento dos cidadãos acompanhará esse processo democrático, como fazemos a cada quatro anos”, disseram. “Reiteramos que uma Honduras onde a verdade, a justiça, a liberdade, a honestidade e a equidade vivam é necessária e possível".
