Ao chegar a Castel Gandolfo na tarde de ontem (13), o papa Leão XIV se encontrou com jornalistas e respondeu a várias perguntas sobre atualidades.

Em particular, respondeu sobre suas expectativas para a cúpula que acontecerá amanhã (15), que envolverá o encontro do presidente dos EUA, Donald Trump, e do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O encontro, marcado para amanhã no Alasca, abordará o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, país invadido pelo exército russo em fevereiro de 2022.

“É preciso buscar sempre o cessar-fogo, é preciso acabar com a violência, com tantas mortes”, disse o papa sobre o encontro. “Vamos ver como eles podem chegar a um acordo. Porque a guerra depois de tanto tempo, qual é o objetivo? É preciso sempre buscar o diálogo, o trabalho diplomático e não a violência, não as armas”.

Segundo Vatican News, serviço oficial de informações da Santa Sé, o papa Leão XIV também falou sobre a possível deportação da população de Gaza.

"É preciso resolver a crise humanitária, não se pode continuar assim. Conhecemos a violência do terrorismo e respeitamos os muitos que morreram e também os reféns, é preciso que sejam libertados. Mas também é preciso pensar nos muitos que estão morrendo de fome", disse o papa.

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Respondendo sobre os esforços diplomáticos da Santa Sé para conter os conflitos, Leão XIV disse que "a Santa Sé não pode pôr fim".

No entanto, disse, "estamos trabalhando, digamos, uma soft diplomacy (diplomacia suave) sempre convidando, incentivando a busca da não violência através do diálogo e procurando soluções, porque esses problemas não se resolvem com a guerra".

O papa está em Castel Gandolfo para suas segundas férias. Ele ficará hospedado nessa residência, às margens do lago Albano, até 19 de agosto.

Amanhã, solenidade da Assunção de Nossa Senhora, ele vai celebrar a missa na pontifícia paróquia de Castel Gandolfo.

No domingo (17), às 9h30 (horário local), Leão XIV chegará ao santuário de Santa Maria della Rotonda, em Albano, município italiano vizinho de Castel Gandolfo, para celebrar a missa com um grupo de pessoas necessitadas que recebem assistência da Cáritas.

Depois da missa, ele seguirá para Castel Gandolfo para rezar a oração do Ângelus ao meio-dia (horário local) na Praça da Liberdade.