Por Daniel Payne
23 de jul de 2025 às 16:31
Agentes federais estão investigando um incidente de vandalismo numa igreja na diocese de Pittsburgh, EUA, segundo o bispo de Pittsburgh, Mark Eckman.
Eckman disse no último sábado (19) que a igreja de Santa Isabel da Hungria em Pleasant Hills, Pensilvânia, havia sido profanada com “mensagens anticatólicas e antissemitas”.
O vandalismo “feriu não só as pessoas dessa paróquia, mas todos os membros da nossa família diocesana”, disse o bispo. “Esse lugar sagrado, destinado à oração, à comunidade e à presença misericordiosa de Deus, foi violado de um modo profundamente doloroso”.
Agentes do Federal Bureau of Investigation (FBI) estão liderando o inquérito sobre o incidente, disse o bispo.
Na última segunda-feira (21), a diocese divulgou fotos do vandalismo "com a esperança de que isso leve alguém da comunidade a apresentar informações que possam ajudar os investigadores a identificar os responsáveis".
As imagens mostram uma estátua de Nossa Senhora pintada com tinta spray, além de uma porta marcada com grafite e uma parede marcada com palavrões e uma suástica.
A diocese está “de coração partido por este ato odioso”, disse Eckman na última segunda-feira, dizendo também que estava pedindo aos fiéis que rezem “por conforto e paz”.
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Bradford Arick, porta-voz do escritório de campo do FBI em Pittsburgh, confirmou ontem (22) à CNA que a agência "foi informada do vandalismo relatado e está investigando".
O grupo conservador Family Research Council disse num relatório no ano passado que o vandalismo contra locais de culto, especialmente igrejas católicas, aumentou significativamente nos EUA desde 2018.
Arielle Del Turco, diretora do Centro para a Liberdade Religiosa do grupo, disse no ano passado que "nossa cultura está demonstrando um crescente desdém pelo cristianismo e pelas crenças cristãs fundamentais, e atos de hostilidade contra igrejas podem ser uma manifestação física disso".
Muitos desses atos de violência parecem ter sido uma resposta à revogação pela Suprema Corte dos EUA em 2022 da decisão judicial Roe x Wade, que liberou o aborto no país em 1973. Isso permitiu que o aborto fosse regulamentado pelos Estados nos EUA pela primeira vez em décadas.
Marco Rubio, então senador da Flórida pelo Partido Republicano, exigiu no ano passado que o então presidente dos EUA, Joe Biden, protegesse as igrejas católicas do país do "crescente número de ataques" que sofreram depois da revogação de Roe x Wade.
Uma igreja católica em Wichita, Kansas, foi vandalizada em março, com danos a estátuas e pichações de ódio. O presidente Donald Trump, na época, descreveu o incidente como "terrível" e prometeu que o governo "investigaria".
