21 de jul de 2025 às 16:12
O compositor peruano José Quezada Macchiavello dedicou sua nova obra, Sinfonia nº 3, Tríptico Agostiniano, opus 32, ao papa Leão XIV, o primeiro papa agostiniano na história da Igreja.
A sinfonia, inspirada nas obras de santo Agostinho, vai estrear em Chiclayo, Peru, onde Robert Prevost, hoje papa Leão XIV, foi bispo de 2015 a 2023.
“Concluí meus estudos secundários no Colégio de San Agustín”, diz Quezada Macchiavello, artista de 50 anos de idade, à EWTN News. Foi lá que o padre Vicente Paniagua o apresentou às Confissões e A Cidade de Deus, as obras mais importantes de Santo Agostinho. “A verdade, a verdade, mudou minha perspectiva sobre muitas coisas de muitas maneiras”, diz o músico.
Com o tempo, essas primeiras leituras se tornaram um hábito de reflexão. "Já reli essas duas obras, não me lembro quantas vezes", diz Macchiavello.
Algum tempo depois, Quezada Machiavello entrou na Pontifícia Faculdade Civil de Teologia de Lima para escrever uma tese sobre a estética de santo Agostinho, embora o trabalho nunca tenha se concretizado. "Então, como não consegui escrever uma tese sobre santo Agostinho, decidi escrever uma sinfonia sobre santo Agostinho", diz ele.
"Seu senso particular de interioridade, acima de tudo, é um tema que eu queria transmitir", diz Macchiavello.
A concepção agostiniana de tempo também desempenha um papel central na sinfonia: "O tempo existe só como um devir humano”, diz Quezada Macchiavello. “A vida eterna transcende o tempo".
Composta entre o fim de 2021 e 2023 a sinfonia foi concluída no ano em que se comemorava o 120º aniversário do colégio San Agustín de Lima.
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“As coisas se arrastaram, não deu certo”, diz o compositor. “Então, surgiu a sinfonia… esperando que a providência desse à Igreja um papa agostiniano. Deram-me um papa agostiniano. E aqui está a sinfonia”.
Foi seu amigo, o padre Pablo Rarrán, quem o encorajou a ir mais longe.
"Ele me disse: Temos que tocar nas grandes ligas com a sinfonia”, diz o diretor de coral. “Dedicá-la a Sua Santidade".
Assim, a obra encontrou seu verdadeiro destinatário: o papa Leão XIV, cuja eleição foi, para o músico, um gesto providencial.
"Ele já sabe disso”, diz Quezada. “Ele, como todos sabemos, está constantemente em contato com o Peru. Ele está muito atualizado com tudo o que acontece aqui. E ele se sente peruano. Isso não é demagógico".
A sinfonia vai estrear em 22 de novembro em Chiclayo, interpretada por uma orquestra jovem composta por músicos do Peru e de países vizinhos.
"Teremos uma orquestra jovem ensaiando aqui em Lima”, diz também Macchiavello. “Será uma excelente oportunidade para nos aproximarmos do espírito de Santo Agostinho e também do papa, como uma homenagem a ele feita por um compositor peruano”.





