Por Julieta Villar
17 de jul de 2025 às 11:54
A Igreja na Bolívia está se preparando para o centenário da coroação de Nossa Senhora de Copacabana, rainha e padroeira do país, cuja festa principal será em 5 de agosto.
Embora o aniversário caia em 1º de agosto — dia em que, em 1925, Nossa Senhora de Copacabana foi coroada imperatriz da Bolívia, general da Polícia Nacional e Mãe do povo — a procissão e a missa solene serão feitas na terça-feira, 5 de agosto, ao meio-dia, na basílica menor de Nossa Senhora dos Anjos-São Francisco, em La Paz, capital do país.
A imagem de Nossa Senhora de Copacabana, uma aldeia à margem do lago Titicaca, foi esculpida pelo inca Tito Yupanqui. Uma imagem semelhante foi levada ao Rio de Janeiro (RJ) e entronizada na igreja Nossa Senhora de Copacabana, que acabou dando nome ao bairro carioca.
O centenário da coroação coincide com o Jubileu da Esperança, com o 800º aniversário do cântico das Criaturas de são Francisco de Assis e com o bicentenário da Bolívia.
Por isso, nos dias que antecedem a celebração principal, a basílica menor convida à oração da Coroação Franciscana, à participação em aulas formativas de catequese e à bênção do manto de Nossa Senhora.
O núncio apostólico na Bolívia, Fermín Emilio Sosa Rodríguez, diz que “a Virgem de Copacabana é um reflexo desse amor”.
“A própria Virgem Maria está presente, torna-se nossa e se une à cultura do povo boliviano”, diz o núncio. “Por isso, ela é a mãe dos bolivianos. A Santíssima Virgem é quem nos leva ao seu Filho”.
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“Por isso, se quisermos chegar ao seu Filho, devemos passar por ela com amor incondicional”, diz também o bispo. “Mas sempre pedindo que ela nos proteja, que nos ilumine, que nos guie por esse caminho”.
"Amamos e estimamos a Virgem”, disse o bispo de Coroico, Juan Carlos Huaygua, ao anunciar as celebrações. “Nela, encontramos um caminho para Jesus".
"Nosso país, a Bolívia, nasceu sob o manto da Virgem”, disse Huaygua. “Especificamente nosso país sob o governo da Virgem de Copacabana, que é nossa padroeira, nossa protetora e a quem nos confiamos diariamente".
O bispo disse que “da Virgem Maria aprendemos fé, humildade e serviço”, mas também “aprendemos abnegação, dizendo sim a Deus”.
“Ao celebrarmos o centenário, ao renovarmos nossa fé e nosso amor pela Virgem Maria, que, como ela, busquemos viver os valores do Evangelho, particularmente a humildade, a simplicidade e o serviço”, diz também ele.
Um debate internacional com pesquisadores e acadêmicos da Bolívia, do Peru, da Espanha e dos EUA hoje (17) discute a história, a espiritualidade e a cultura andinas, destacando o papel de Nossa Senhora.
