O conselho municipal de Dolton, Illinois, EUA, aprovou unanimemente em reunião especial do conselho na última terça-feira (1) a compra da casa de infância do primeiro papa nascido nos EUA, Robert Francis Prevost, agora Leão XIV.

Jason House, prefeito recém-eleito de Dolton, pediu a votação depois de ouvir os curadores e ouvir comentários do público. Muitos se opuseram à compra da por causa das dificuldades financeiras da cidade.

Aos moradores de Dolton, que reclamaram do estado precário das estradas locais e da dívida da cidade, House disse que a compra acabaria "se pagando", e era uma "oportunidade histórica".

A renda per capita em Dolton é de US$ 29.776 (cerca de R$ 161, 5 mil) e 20% dos moradores vivem na pobreza, segundo dados do censo dos EUA de 2020.

Edward Steave, um dos curadores da casa, falou sobre os “ônibus lotados de pessoas” que vêm à cidade ver a casa desde a eleição do papa, e os benefícios econômicos que os visitantes do local histórico podem trazer à comunidade.

Também falando sobre as preocupações dos moradores, a curadora Kiana Belcher pediu que eles os cidadãos apoiassem a compra “porque sabemos que isso ajudaria a todos nós como cidade”.

O administrador Stanley Brown disse que, embora não seja católico, é um cristão que gostaria de “ajudar os católicos”.

“Simplesmente, eu acredito nessa oportunidade que nos foi dada e acredito em esperar no Senhor”, disse Brown. “Ele está aqui para fortalecer nossa cidade, então não deixem que essa oportunidade nos escape!”

“Fomos colocados na última fila… e agora temos a oportunidade de chegar à primeira fila”, disse o curador. “E não queremos deixar essa oportunidade escapar de nós”.

Burt Odelson, procurador da cidade de Dolton, disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que um "mundo de oportunidades" se abriu para o pequeno subúrbio, que não se parece com "nenhum outro lugar no mundo".

“As coisas vão melhorar cada vez mais para o povo de Dolton”, disse ele.

A vila postou fotos na página da vila de Dolton no Facebook, na última terça-feira, da casa recebendo um novo telhado, pago por um doador, segundo Odelson.

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"A casa do papa continua atraindo pessoas, trazendo nova energia e atenção à nossa vila", escreveu a vila em sua página do Facebook. “Esse aumento no trânsito representa um novo dia em Dolton — cheio de potencial, progresso e promessas".

Falando à imprensa depois da reunião, House disse que espera fechar o negócio de compra da casa dentro de duas semanas e espera que a casa possa ser "convertida à sua forma final" dentro de 30 a 60 dias.

House disse que a cidade terá a ajuda de uma “série de parcerias”, possivelmente se referindo à arquidiocese de Chicago.

Enquanto considera os próximos passos, Odelson disse que a cidade fez pesquisas sobre como as casas dos antigos papas são preservadas ao redor do mundo. No mês passado, ele disse à CNA que estava conversando com alguém "de alto escalão" na arquidiocese que estava ajudando a "orientar" a cidade em seu objetivo de preservar a casa histórica.

Odelson disse à CNA no mês passado que, assim que a casa for comprada, a cidade criará uma instituição sem fins lucrativos para ajudar a arrecadar fundos para a preservação da casa e a revitalização do bairro.

"É uma oportunidade única de preservar o que muitas pessoas acreditam ser um lugar sagrado", disse Odelson à CNA sobre a antiga residência do papa. "Precisamos fazer isso direito, mas não temos recursos para isso. Temos que nos apoiar em outros".

Pessoas de “todos os EUA já se ofereceram para ajudar a preservar a casa”, disse Odelson, “e a instituição de caridade permitirá que façam isso”.

Logo depois da eleição do papa em maio, Odelson e House disseram na época que a cidade pretendia comprar a modesta casa de tijolos de três quartos e cerca de 97 m², que estava à venda desde janeiro.

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O corretor imobiliário Steve Budzik disse à CNA em maio que, assim que o proprietário, Pawel Radzik, descobriu que a casa que ele havia reformado e colocado à venda pertencia ao papa recém-eleito, ele a retirou do mercado para "reavaliar" a situação.

Radzik, então, pôs a casa em leilão, originalmente previsto para encerrar em 17 de junho, mas foi prorrogado "para finalizar as negociações com a cidade de Dolton", disse Odelson à CNA no mês passado.

Odelson disse à CNA que espera fechar o negócio da propriedade na próxima semana. Embora não tenha divulgado o preço final de venda, ele disse que era muito inferior ao US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões) que Budzik havia previsto que a casa poderia alcançar em leilão.