30 de jun de 2025 às 15:41
A cidade de Taybeh, sob a Autoridade Palestina, é a última cidade na Cisjordânia habitada inteiramente por cristãos. A cidade sofre ataques constantes de colonos israelenses contra moradores, suas propriedades e terras.
Colonos estabeleceram um posto avançado no extremo leste de Taybeh sobre as ruínas de uma casa de fazenda cujos proprietários foram deslocados há cerca de um ano.
O posto avançado foi construído numa zona agrícola importante para o sustento econômico da cidade. A área tem milhares de oliveiras, granjas de aves e ovelhas, e amplos campos usados para cultivos sazonais. Ela constitui a maior parte da área total de Taybeh.
Ataques e infrações não são novidade. Em 2019 e 2020, colonos montaram postos avançados ilegais semelhantes ao redor da cidade. Incêndios criminosos nas plantações a gado solto no campo para destruir colheitas foram frequentes.
Na temporada mais recente de colheita de azeitonas, pelo segundo ano consecutivo, agricultores foram impedidos de ter acesso a suas terras perto do assentamento Rimmonim — construído em terras confiscadas de Taybeh — resultando em roubo ou deterioração completa da colheita de azeitonas. Cerca de 20 famílias foram agredidas fisicamente enquanto tentavam chegar às suas terras.
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“A cidade, à qual o Evangelho de João (cf. Jo 11, 54) se refere como Efraim — o lugar para onde Jesus se retirou antes de sua paixão — não é mais segura para seu povo hoje”, disse à ACI MENA o padre Bashar Fawadleh, pároco da igreja de Cristo Redentor em Taybeh. “Não vivemos em paz, mas em medo e cerco diários”.
“Desde outubro passado, cerca de dez famílias deixaram Taybeh devido ao medo da violência e do assédio contínuos”, disse também o padre.
“Paralelamente a esses ataques, autoridades israelenses instalaram portões de ferro nas entradas da cidade, prejudicando gravemente o acesso dos moradores ao trabalho e aos serviços essenciais”, disse Fawadleh sobre outras restrições impostas por Israel. “Essas limitações, combinadas com as crescentes restrições agrícolas, agravaram o desemprego e agravaram a crise econômica, levando muitos a considerar a emigração”.
“Hoje em dia, colonos estão pastoreando suas vacas numa colina plantada com oliveiras e campos de cevada, e ao lado das casas das pessoas”, disse também o padre. “Os moradores locais veem isso como parte de um esforço sistemático para estrangulá-los economicamente e expulsá-los”.
Na última quarta-feira (25), colonos atacaram e mataram três pessoas em Kafr Malik, outra cidade perto de Ramallah, Cisjordânia.




