16 de jun de 2025 às 15:27
A arquidiocese de Brasília vai formar voluntários do Projeto Esperança, programa de acolhimento espiritual a pessoas quem sofrem pela dor do aborto espontâneo ou provocado. De 27 a 29 de junho próximos a formação estará a cargo de representantes da equipe latino-americana do Projeto Esperança, Zezé Luz, fundadora e presidente-executiva da Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família - Rede Colaborativa Brasil e Katia Stolf, referência da Pastoral Familiar no Brasil e regional de Santa Catarina da Conferência Episcopal Latino-Americana e Caribenha (CELAM) em Defesa da Vida e da Família.
O Projeto Esperança foi criado em 1999, no santuário Nossa Senhora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, em Santiago, no Chile. A proposta foi acompanhada espiritualmente pelos padres de Schoenstatt e depois divulgada para outros países. Atualmente, ela está presente em 18 países e faz parte do programa pastoral do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM).
Segundo a arquidiocese, o treinamento tem como objetivo a preparação de “agentes pastorais, religiosos e leigos que se sintam chamados a escutar, acolher e acompanhar com misericórdia aqueles que sofrem silenciosamente com a perda do filho não nascido”. Sem se propor a substituir a assistência psicológica ou médica, o Projeto Esperança é “um caminho espiritual de reconciliação com Deus, com o próprio coração e com o filho perdido” em um programa “sigiloso, confidencial, gratuito e centrado no carisma da escuta e da misericórdia”.
As inscrições para os novos voluntários do Projeto Esperança são feitas pelo telefone (61) 3024-9679 ou neste link.
Projeto Esperança no Brasil
A primeira formação do Projeto Esperança no Brasil aconteceu em 2009, na arquidiocese do Rio de Janeiro e já alcançou outros Estados como Santa Catarina, Mato Grosso, além do Distrito Federal.
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O Projeto Esperança foi instituído na arquidiocese de Brasília em 2 dezembro de 2024, durante a missa do primeiro domingo do Advento, na paróquia Mãe da Divina Misericórdia, na Asa Norte, celebrada pelo pároco desta paróquia, padre Eduardo Peters, a pedido da arquidiocese.
Também foi inaugurado nesta mesma paróquia, no dia 9 de junho de 2024, pelo arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa, o Memorial dos Não-Nascidos, uma pequena praça com a escultura do artista eslovaco Martin Hudácek, que mostra uma mãe que sofre com o rosto entre as mãos pela perda do seu bebê abortado, e diante dela está a imagem translúcida de seu filho abortado, que toca sua cabeça com um gesto.
Durante a inauguração do memorial, o cardeal Paulo Cezar Costa disse que a estátua desse memorial “mostra exatamente a misericórdia”, onde “o filho abortado perdoa a mãe”, destacando que “é a misericórdia que nos dá vida nova” e pediu: “Comprometemo-nos, diante de uma sociedade marcada pela cultura da morte, a sermos verdadeiros promotores da vida, em todas as suas instâncias”.