A Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio Além do Carmo, fundada em 1594 e primeira dedicada a santo Antônio no Brasil, será elevada a santuário arquidiocesano de Salvador (BA) no sábado (31), em uma missa celebrada pelo arcebispo de Salvador (BA), dom Sergio da Rocha.

“A decisão de elevar a Igreja a santuário foi fruto de um processo de discernimento pastoral e histórico, que teve como base a intensa devoção popular a santo Antônio, especialmente durante a tradicional trezena celebrada anualmente”, disse o pároco, padre Jailson Jesus, segundo o site da arquidiocese de Salvador.

“Mais de 10 mil pessoas participaram da trezena campal no ano passado. É o povo que faz o santuário, escolhendo esse lugar como referência espiritual e de peregrinação”, continuou.

Embora santo Antônio nunca tenha sido declarado padroeiro de Salvador, ele foi o primeiro protetor da capital baiana reconhecido pela Câmara Municipal. “É parte viva da história e da alma do povo baiano”, diz o padre, lembrando que este ano são celebrados os 830 anos do nascimento do santo.

Para o padre, “a elevação desta Igreja à Santuário é um presente da Arquidiocese para aquele que foi considerado o padroeiro da cidade de São Salvador”.

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O que é um santuário

Um santuário é um “lugar sagrado aonde os fiéis, por motivo de piedade, em grande número acorrem em peregrinação, com a aprovação do Ordinário do lugar”, diz o cânon 1.230 do Código de Direito Canônico (CDC). Além disso, o cânon 1.234 determina que a igreja que se tornar santuário deve dispor aos fiéis “meios de salvação mais abundantes, com o anúncio cuidadoso da palavra de Deus, o fomento da vida litúrgica, principalmente por meio da celebração da Eucaristia e da penitência, e ainda com o cultivo de formas aprovadas de piedade popular”.

Para atender às determinações do cânon, o padre disse que a estrutura do santuário será reforçada para promover a evangelização, a catequese, a caridade e a formação pastoral, chegando a fiéis de diversas realidades e localidades. “As pessoas vão ao Santuário porque sabem que ali encontrarão a Palavra, os sacramentos, a misericórdia. É um lugar de reencontro com Deus”.

É um “ponto de referência na espiritualidade da cidade e da diocese, no nosso caso, da arquidiocese”, disse. “Precisa estar aberto à acolhida diária, à escuta, à confissão, à direção espiritual”.