As relíquias de primeiro grau de santa Teresinha do Menino Jesus e de seus pais, são Luís Martin e santa Zélia Guérin, estarão na missa de 50 anos da criação da diocese de Joaçaba (SC), no próximo dia 12 de junho, às 19h30, na catedral santa Teresinha do Menino Jesus.

As relíquias vêm em peregrinação da França e serão acompanhadas pelo reitor do santuário de santa Teresinha do Menino Jesus em Lisieux, na França, padre Emannuel Schwab. Segundo a diocese de Joaçaba, a peregrinação no Brasil começa em Brasília (DF), nos dias 8 e 9 de junho, depois segue para Florianópolis (SC) nos dias 10 e 11 de junho, até chegar em Joaçaba (SC) no dia 12.

“É um momento especial que nos unimos à Igreja no Brasil e no Mundo para celebrar estes momentos históricos: a chegada das relíquias em nosso santuário catedral e o início das comemorações do Jubileu de Ouro da diocese de Joaçaba”, disse o bispo de Joaçaba, dom Mário Marquez.

São Luís e santa Zélia Martin foram o primeiro casal canonizados juntos em uma mesma cerimônia na história da Igreja, no dia 18 de outubro de 2015, pelo papa Francisco, em meio ao Sínodo da Família.

Luís Martin nasceu em 1823, em Bordeaux, na França e Maria Zélia Guérin nasceu em 1831, em San Saint-Denis-Sarthon, na França. Eles se casaram em 13 de julho de 1858 e levaram uma vida matrimonial exemplar: missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente, participação na vida paroquial. Tiveram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente.

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Entre as cinco filhas que sobreviveram estava santa Teresa de Lisieux ou Teresinha do Menino Jesus, uma das santas mais populares do Brasil, doutora da Igreja e padroeira das missões. Eles educavam suas filhas para serem boas cristãs e cidadãs honestas.

Aos 45 anos, Zélia descobriu que tinha um tumor no seio e viveu esta doença com firme esperança cristã até sua morte em 28 de agosto de 1877, em Alençon, na França. Depois da sua morte, Luís e suas filhas pequenas mudaram para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia. Entre 1882 e 1887, Luís acompanhou três de suas filhas ao Carmelo, inclusive Teresinha, que aos 15 anos, ingressou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux com a autorização do papa Leão XIII, onde viveu sua grande experiência com Deus relatados em seus diários, intitulado: “História de uma alma” com os ensinamentos sobre a “infância espiritual” ou “pequena via” que se baseia na confiança amorosa em Deus que é Pai. Teresinha acreditava que seu caminho em direção a Deus era ser como criança, e assim O buscava nesta via de abaixamento que transbordava na vida fraterna e no amar sem medidas.

Anos depois, Luís Martin contraiu uma doença que o debilitou até a perda de suas faculdades mentais. Foi internado no sanatório do Bom Salvador, em Caen e morreu em 29 de julho de 1894, em Arnières-sur-Iton, na França. Teresinha morreu aos 24 anos em 30 de setembro de 1897. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo papa Pio XI. Em 19 de outubro de 1997, no domingo missionário, Teresa de Lisieux, autora de escritos autobiográficos, foi proclamada doutora da Igreja pelo papa são João Paulo II.