Quatro presos receberam o batismo, a crisma e a primeira eucaristia em Campo Grande (MS) das mãos do padre Alisson Muryel, vigário das paróquias São João Calábria e Santa Clara de Assis, Campo Grande. Para ele, a “evangelização é a principal arma de ressocialização dos presos”.

“Eles sabem o crime que cometeram e sabem que precisam pagar pelo que fizeram, não são vítimas, são culpados”, disse o padre Alisson, à ACI Digital. Os presos “entendem que, através de nossa evangelização, é possível uma vida nova em Cristo. Esta vida nova pressupõe o conhecimento sobre quem é Jesus”.

Os sacramentos foram celebrados no dia 27 de abril na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, onde a pastoral carcerária da arquidiocese faz um trabalho de evangelização. O padre Alisson faz visitas quinzenais e tem duas turmas de catequese de reclusos junto com outros quatro agentes da pastoral.

Para ele, evangelizar os presos é “um ato de caridade”, pois todo “encontro com o evangelho é um convite a uma vida nova em Jesus”.

“Confesso que no início não foi fácil, e nenhuma iniciativa caritativa é fácil, mas fazemo-la porque Cristo nos mandou, por obediência! Ver estes primeiros frutos do nosso apostolado é muito gratificante”, contou.

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A nova coordenação da pastoral de Campo Grande busca retomar a evangelização e oferecer uma “catequese que leve as pessoas ao encontro pessoal com Cristo”, disse. “Se este encontro pessoal com Cristo muda as nossas vidas, por que não pode mudar as deles?”

“Infelizmente, como quase todos os movimentos, acabou sendo influenciada por uma concepção ideológica” que entendia “a ideia de ‘catequizar’ os presos em detrimento de um auxílio social”, disse padre Alisson.

Entre os presos, segundo o padre, “há aqueles que se abrem e há aqueles que são mais duros de coração”. O acompanhamento é feito segundo o grau de interesse e participação. Aqueles que manifestam interesse fazem a preparação para os sacramentos.

Os outros detentos “ficaram muito felizes em verem os companheiros recebendo os sacramentos. Parece que no coração deles reacendeu a esperança: é possível levar uma vida nova”, concluiu o padre.