9 de mai de 2025 às 12:26
A fumaça branca subiu ontem (8) às 18h07 sobre a Capela Sistina, no Vaticano. O cardeal Robert Prevost foi eleito na quarta votação do conclave e adotou o nome de Leão XIV.
Ao redor da praça de São Pedro, os fiéis bateram palmas ao ritmo dos sinos da basílica de São Pedro, que tocaram anunciando ao mundo a chegada de um novo sucessor de são Pedro.
A praça lotada tornou-se um mar de alegria, especialmente entre os compatriotas do novo papa – os americanos – e os peruanos, um povo muito próximo do coração de Prevost depois de seus anos de missão pastoral em Chiclayo.
Entre a multidão estavam Karen e Steve, um casal originário de Chicago que mora na Flórida. Eles viajaram a Roma para celebrar seu 35º aniversário de casamento sem imaginar que o destino os convidaria a testemunhar um momento histórico. "Não podemos acreditar", disse o casal emocionado, com seus olhos brilhando de emoção.
"Você tem que levar boa comida para o papa, porque a melhor comida que já foi provada está no Peru", diz a peruana Guadalupe Rivas. Especialmente, destaca-se a comida de Chiclayo, diocese que Prevost liderou por cerca de uma década. "As tortilhas e o ceviche de pato são requintados", disse ela.
Para Rafael Aguilar, também do Peru, "é uma experiência inimaginável". Ele disse, com uma bandeira peruana enrolada no corpo, que nunca teria imaginado que o novo papa "teria uma identidade peruana".
"Acho que ele será um bom sucessor de Francisco e acho que a Igreja assumirá um novo ar com ele. Espero que todos nós, como peruanos, tenhamos que contribuir para esse trabalho, que é tornar o mundo melhor, mais humilde e mais fraterno", diz Aguillar.
Gio López, venezuelano que vive em Roma, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, que, embora "ainda estejamos de luto pela morte do papa Francisco, isso é como um encorajamento, como uma esperança de que tudo ficará bem".
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Sua primeira aparição diante do mundo
Pessoas de todo o mundo voltaram sua atenção para a varanda central da basílica de São Pedro, esperando o anúncio do habemus papam e a primeira bênção do novo papa. Mas desde o momento em que a fumaça branca foi vista até Leão XIV aparecer vestido com as vestes papais na varanda da Loggia Central, exatamente 74 minutos se passaram.
Depois de ver a fumaça branca saindo da chaminé, muitas das pessoas que estavam na praça explodiram em aplausos e lágrimas.
Entre eles, Monica, uma peregrina mexicana, não conseguiu conter sua emoção. "Era meu sonho ver a fumaça branca e poder estar na praça neste momento importante para a Igreja e para a minha fé", disse ela em lágrimas, com um sorvete em mãos.
"Estou muito comovida com a misericórdia de Deus e como seu tempo é realmente perfeito. Meu voo sai hoje em poucas horas e eu perdi a esperança de poder vê-lo. Há pouco, eu disse: "Ainda espero poder ver isso". Lembrei-me do papa Francisco, que disse que "a esperança não desilude" no jubileu. Deus conhece os desejos do coração e se encarrega de satisfazê-los sem que percebamos. É uma profunda experiência de confiança Nele", disse ela à CNA, agência em inglês da EWTN.
Muito perto de Monica, um padre colombiano cercado por fiéis de sua paróquia falou sobre seu espanto. "Foi inesperado. Pensávamos que seria na última fumaça do dia, mas é assim que o Espírito Santo é: ele sopra quando quer e como quer. Ele queria que fosse nesta tarde ensolarada na praça de São Pedro. É uma alegria compartilhar isso com todas as pessoas, esperando para ver o rosto que sairá daquela janela", disse o padre, enquanto os sinos da basílica de São Pedro tocavam.
Juanjo, que chegou da região da Galiza, Espanha, também ficou impressionado com a intensidade do momento. "É incrível. Eu não esperava que fosse agora. Eu disse: 'Vou chegar mais perto', e então... algo histórico. Sinto muita emoção".
É um momento totalmente inesperado. Você pode ver isso com a multidão de pessoas aqui", disse ele com emoção depois de ver o momento histórico, que marcará o curso da Igreja.