23 de abr de 2025 às 14:55
A freira franco-argentina Genevieve Jeanningros, da Congregação das Irmãzinhas de Jesus, foi uma das primeiras peregrinas a rezar diante do caixão do papa Francisco na basílica de São Pedro, no Vaticano. Segundo os fiéis presentes, ela ficou diante dos restos mortais dele por cerca de 20 minutos.
O protocolo que se seguiu à transferência do caixão do papa da capela de Santa Marta para a basílica de São Pedro estipulava que os primeiros a visitar o caixão seriam os padres e bispos de dicastérios da Santa Sé e os cardeais presentes em Roma. A freira furou a fila e discretamente ficou ao lado do caixão.
O papa Francisco costumava chama-la de 'enfant terrible' (criança terrível)?
A irmã Jeanningros atualmente vive com um grupo de artistas de circo do Luna Park em Ostia Lido, numa praia nos arredores de Roma, onde faz trabalho social. Os artistas vivem em acampamentos na pobreza. Muitos não têm eletricidade, e o sistema de coleta de lixo é difícil de operar.
No fim de julho do ano passado, o papa Francisco visitou-os.
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A freira também dedicou parte de sua vida consagrada a apoiar um grupo de pessoas que se identificam com o sexo oposto que se prostituem para sobreviver nessa área degradada e perigosa dos arredores de Roma. Ela até os levou a audiências-gerais do papa Francisco, abertas ao público às quartas-feiras na praça de São Pedro.
A irmã Jeanningros e o papa Francisco se conheceram quando o cardeal Jorge Mario Bergoglio era arcebispo de Buenos Aires.
A irmã Jeanninggros é sobrinha da irmã Leonié Duquet, uma das freiras francesas desaparecidas em 1977 durante a ditadura argentina (1976-1983).
Seu corpo foi encontrado numa vala comum que também continha os restos mortais de Esther Ballestrino de Careaga, primeira chefe do papa Francisco quando ele se formou em química.