“O papa Francisco foi alguém que apontou para a humanidade hoje, os grandes problemas que estão aí e que afligem a vida da humanidade”, disse hoje (21) o arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa, na missa pelos 65 anos de Brasília e da arquidiocese, um dos sete brasileiros aptos a votar no conclave que elegerá o sucessor de Francisco “Alguém que olhou para os mais pobres, alguém que olhou as principais questões ali da Europa, a questão das migrações, alguém que relembrou para nós o dever de preservar a casa comum”.

“Hoje estamos tristes porque perdemos nosso papa, mas estamos também com o coração consolado, porque a morte para o cristão não é fim de tudo, é certeza de vida nova, porque a vida de um cristão é inserida no mistério de Cristo” e o “papa Francisco foi inserido no mistério de Cristo com o Batismo”, disse o cardeal.

Dom Paulo ainda lembrou que “seu nome, Francisco, o nome que ele escolheu, relembra para nós o cuidado com a ecologia, o cuidado com o meio ambiente, o cuidado com os mais pobres, o cuidado com os últimos”.

“Papa Francisco relembra para a vida da igreja a alegria do Evangelho, que a igreja precisa cada vez mais ser uma igreja evangelizadora, missionária, uma igreja que vai às periferias humanas, às periferias existenciais”, pontuou.

O arcebispo de Brasília ainda disse que toda a vida de Francisco “foi um caminho” de seguimento a Jesus Cristo, no qual ele “se tornou religioso, depois se tornou presbítero, tornou bispo, bispo auxiliar, depois arcebispo de Buenos Aires”, um “pastor zeloso, homem que sempre teve no seu coração e diante de si o mistério de Cristo, que foi se configurando a Cristo, onde se tornou pastor, bispo de Roma e por isso papa para toda a igreja. Homem que sempre seguiu Jesus Cristo com beleza, por isso desgastou a vida com alegria”.

“Então, estamos tristes, mas estamos também com o coração consolado porque a morte para o cristão não é tudo, mas a certeza de vida, é certeza de vida eterna. A ressurreição enche o nosso coração de esperança, de alegria, pois nos dá a certeza que o Senhor ressuscitado caminha conosco. É uma presença no meio de nós e no final nos dará vida e vida eterna”, disse.

Núncio apostólico no Brasil

“A dolorosa notícia do retorno à casa do Pai do amadíssimo papa Francisco coincide com o dia em que a cidade de Brasília celebra o aniversário de sua fundação” e “assim, também para a cidade de Roma”, disse o núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro no fim da celebração da missa dos 65 anos de Brasília e de sua arquidiocese.

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“O papa Francisco nos ensinou a viver o Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”, disse o núncio. “Quis ainda ontem, entregar-se mais uma vez à sua igreja e um breve momento na celebração da alegria pascal”.

“Até o fim, deu testemunho de sua paixão pelo Senhor e pela igreja”, ressaltou o núncio.

Missa em sufrágio pela alma do papa Francisco

O cardeal de Brasília também avisou aos fiéis que na quarta-feira, 23 de abril, a arquidiocese de Brasília vai celebrar uma missa em sufrágio pela alma do papa Francisco, às 12h15.

Cruz da primeira missa do Brasil

A cruz da primeira missa do Brasil também esteve na celebração dos 65 anos de Brasília e de sua arquidiocese. O cardeal Paulo Cezar disse que esta “cruz relembra que o Brasil nasceu como um país de fé”, no qual relembra “o amor de Cristo por nós”.

“É uma cruz pequena, mas que relembra para nós as nossas origens. Quando nós fazemos memória está lá na nossa origem, a cruz de Cristo, está lá na nossa origem o amor de Cristo por essa grande terra que é o Brasil”, destacou o arcebispo