A Santa Sé autorizou a abertura do processo de beatificação da baiana Maria Milza dos Santos Fonseca, que a partir de agora passa a ser chamada serva de Deus. A diocese de Ruy Barbosa (BA) fará a instalação do tribunal para a fase diocesana do processo no dia 15 de agosto, data que marcará os 102 de seu nascimento.

Em agosto do ano passado, o bispo de Ruy Barbosa, dom Estevam dos Santos Silva Filho, enviou uma carta ao dicastério para as Causas dos Santos da Santa Sé, pedindo permissão para a abertura doo processo de beatificação de Maria Milza, conhecida como “Mãezinha”. Em resposta, disse a diocese baiana, “o dicastério confirmou que não há impedimentos para que a causa prossiga, observadas as normas estabelecidas para as inquirições diocesanas”.

“Este importante passo nos enche de esperança, pois nos aproxima do momento em que poderemos testemunhar a santidade de Maria Milza, nossa Mãezinha, que partiu para a Casa do Pai em 1993”, disse a diocese, ao pedir “a todos os devotos e fiéis que unam suas orações e fervor para que, por intercessão da serva de Deus Maria Milza, possamos alcançar as graças necessárias para a continuidade deste processo”.

Quem foi Maria Milza

Maria Milza dos Santos Fonseca nasceu em 15 de agosto de 1923, no povoado de Alagoas, município de Itaberaba (BA), e morreu em 17 de dezembro de 1993, aos 70 anos.

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Ainda na infância, a bondade da menina chamava a atenção dos moradores daquela região. Ela era devota de Nossa Senhora, sempre pedia a sua intercessão para a cura das doenças daqueles que a procuravam. Também dava comida aos famintos. Aos 15 anos aprendeu a fazer remédios caseiros para aliviar ferimentos.

Em 1950, uma linda mulher, vestida de branco, com o manto azul e raios luminosos que desciam das mãos, apareceu para Maria Milza, Ilza Carneiro e Bernadete Cardoso, na “Pedra do Santuário”, no povoado. As duas últimas correram, ficando apenas Maria Milza diante da aparição. A partir de então, o local passou a ser cuidado com ainda mais carinho, e Maria Milza começou a usar somente roupas brancas e véu.

Os fenômenos místicos ganharam mais intensidade quando Maria Milza estava com cerca de 32 anos. Nesse período, ela teve uma locução interior, escutando uma voz que a dizia que, a partir daquele momento, ela curaria cegos e aleijados e conseguiria saber sobre a vida das pessoas.

Mesmo sem compreender o que acontecia, Maria Milza passou a ser um instrumento nas mãos de Deus: enfermos eram curados e paralíticos e cegos que a procuravam voltavam a andar e a enxergar. Isso fez com que a sua fama de santidade se espalhasse ainda mais.