O bispo de Winona-Rochester, Minnesota, EUA, Robert Barron, foi a Washington D.C. para participar do discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Congresso do país. Barron, presidente do Comitê de Leigos, Matrimônio, Vida Familiar e Juventude da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês), foi convidado para a sessão conjunta do Congresso do país pelo deputado republicano Riley Moore, do Estado da Virgínia Ocidental.

Aos congressistas, pediu que levem a fé à esfera pública, em entrevista a Erik Rosales, da EWTN, antes de o bispo celebrar a missa no Capitólio para os legisladores na terça-feira (4) em que Trump fez seu discurso.

“Não deixem sua fé na porta”, disse o bispo, fundador do apostolado de mídia global sem fins lucrativos Word on Fire. “Nós não impomos a fé. [O papa] João Paulo [II] sempre disse: 'Nós não impomos, nós propomos.' Mas eles deveriam levar sua fé para a praça pública”.

“Não é o caso de fecharmos a fé simplesmente na privacidade de nossa consciência”, disse o bispo. “É uma realidade pública, e deve informar as decisões que eles tomam aqui”.

Barron é um dos bispos americanos mais conhecidos, com mais de 1,8 milhão de seguidores em seu canal no YouTube, em que ele discute fé e cultura, muitas vezes abordando política.

Na entrevista, o bispo disse que só esperava “fruir a beleza do evento”.

“Fui graciosamente convidado aqui pelo deputado Moore da Virgínia Ocidental. Sou um estudante de história americana e tenho assistido a esses discursos por muitos anos”, disse o bispo.

“Só a chance de estar na câmara e ouvir o presidente, ver todo o governo reunido é atraente para mim, então aceitei o convite”, disse também dom Barron.

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No início do ano, o apostolado de mídia anunciou planos para estabelecer uma nova ordem de padres do Word on Fire. Na entrevista do “EWTN News Nightly”, Rosales perguntou ao bispo o que ele espera que essa ordem traga para a Igreja.

“Eu só acho que a coisa necessária hoje na Igreja é esse alcance aos desfiliados”, disse o bispo de Winona-Rochester. “Acho que o problema central que temos é o número, especialmente de jovens, que estão se desfiliando da Igreja”.

“Grande parte do meu ministério tem se concentrado nisso — apelar por meio da verdade e da beleza, trazer a grande tradição adiante e tentar atrair as pessoas de volta à Igreja”, disse dom Barron.

“O que eu não queria era que esse ministério simplesmente terminasse comigo. Eu pensei, quero que ele continue depois que eu partir. Poderia haver uma ordem, eu me perguntei, que continuaria esse carisma de usar a mídia de uma maneira inteligente, de uma maneira bonita, alcançando os desfiliados?”, disse o bispo.

A entrevista terminou com uma breve discussão sobre a saúde do papa.

“Estamos rezando por ele nas últimas quase três semanas em que ele está no hospital. Então tem sido um momento bem arriscado, e estamos acompanhando as notícias e o acompanhando com nossas orações”, disse o bispo.

“Estou rezando por ele e esperando que ele se recupere e volte para sua missão”, concluiu dom Barron.