Paulette Harlow, uma mulher idosa com uma condição médica debilitante, foi condenada a dois anos de prisão na sexta-feira (31), depois de ter sido condenada em novembro do ano passado por participar de um bloqueio pró-vida à entrada de uma clínica de aborto em Washington D.C., EUA, em 2020.

Harlow, 75 anos, de Kingston, Massachusetts, foi condenada ao ser acusada de violar a Lei de Liberdade de Acesso às Entradas Clínicas (FACE, na sigla em inglês) e de uma conspiração contra os direitos civis, uma lei que proíbe a violação dos direitos de alguém garantidos pela Constituição e pela lei dos EUA.

A Lei FACE proíbe “conduta violenta, ameaçadora, prejudicial e obstrutiva destinada a ferir, intimidar ou interferir no direito de procurar, obter ou fornecer serviços de saúde reprodutiva”.

Harlow foi condenada pela juíza Colleen Kollar-Kotelly do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, a mesma juíza que julgou e sentenciou cada um dos outros oito manifestantes considerados culpados no caso.

Ao contrário de alguns dos seus co-réus, Harlow foi autorizada a ficar em prisão domiciliar enquanto aguardava a sentença devido a seus problemas de saúde, disse em novembro o seu advogado, Allen Orenberg, à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital.

Na época, Orenberg se recusou a detalhar os problemas de saúde de Harlow. Orenberg não foi encontrado pela CNA para comentar o assunto na sexta-feira (31).

O bloqueio da clinica de aborto em Washington D.C.

O bloqueio da Washington Surgi-Clinic foi filmado por Josh Darnel, 42 anos, um dos manifestantes que também foi condenado e cumpre atualmente dois anos e dez meses de prisão.

No vídeo do protesto, que tem mais de uma hora e meia, alguns dos que estavam sentados dentro da clínica podem ser vistos acorrentados, rezando o rosário e cantando hinos à Santíssima Virgem Maria, recusando-se a sair quando solicitados pela polícia.

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“Socorristas pró-vida estão entrando em uma clínica de aborto e salvando bebês da morte. Isto é muito arriscado para as equipes de resgate, mas já é hora de levarmos a sério o fim do aborto novamente”, diz uma descrição do vídeo.

“Como mostraram as evidências do julgamento, os réus se envolveram em uma conspiração para criar um bloqueio na clínica de saúde reprodutiva para impedir que a clínica fornecesse e os pacientes recebessem serviços de saúde reprodutiva”, disse o Departamento de Justiça dos EUA em comunicado na sexta-feira.

“Como parte da conspiração, muitos dos réus viajaram para Washington, D.C., de vários Estados do nordeste e centro-oeste para se encontrar com Lauren Handy e participar de um bloqueio à clínica liderado por Handy e transmitido no Facebook”, disse o comunicado.

O comunicado diz que os manifestantes pró-vida “entraram à força na clínica e bloquearam duas portas da clínica usando seus corpos, móveis, correntes e cordas”.

Além de Harlow e Darnel, a irmã de Harlow, Jean Marshall, de 74 anos, foi condenada a dois anos de prisão. Também condenadas: Heather Idoni, 59 (dois anos de prisão); Lauren Handy, 30; John Hinshaw, 69; William Goodman, 54 (dois anos e três meses de prisão); Joan Bell, 76 (dois anos e três meses de prisão); e Herb Geraghty, 27 (dois anos e três meses de prisão).

Smith, 34, se confessou culpado de uma acusação criminal da Lei FACE em março do ano passado e foi condenado a dez meses de prisão.

Handy recebeu a pena mais severa de quatro anos e nove meses de prisão. Hinshaw recebeu uma pena de prisão mais leve. Ele se declarou inocente e foi condenado a um ano e nove meses de prisão.