25 de abr de 2024 às 13:48
O Anuário Pontifício 2024 trouxe a correção na data de nascimento do arcebispo emérito de Nairóbi, Quênia, cardeal John Njue. Criado cardeal pelo papa Bento XVI no consistório de 2007, ele deixaria de ser eleitor em 2024. Com a correção, ele ainda será eleitor por dois anos.
As normas da Igreja estabelecem que os cardeais podem participar no conclave para eleger um papa até antes de fazer 80 anos. Ao fazer 80 anos ou mais, eles deixam de ser eleitores, embora continuem cardeais.
Segundo o jornal Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana, como a data exata do nascimento do cardeal era desconhecida, mas pensava-se que o ano era 1944. Assim ele foi registrado como nascido no último dia do ano: 31 de dezembro de 1944.
Agora, o Anuário Pontifício e o site do Vaticano modificaram a data de nascimento para 1º de janeiro de 1946. Assim, ele se tornará não-eleitor só em 1º de janeiro de 2026.
Não é a primeira vez que a data de nascimento de um cardeal muda
Em fevereiro de 2005, foi alterada a data de nascimento do cardeal polonês Henryk Gulbinowicz, que se acreditava ter nascido em 1928, e não em 1923, como era realmente o caso.
O cardeal disse que a mudança de data foi algo que os seus pais fizeram para evitar que ele fosse convocado para o exército durante a Segunda Guerra Mundial.
Assim, o cardeal Gulbinowicz, que morreu em 2020, não pôde participar no conclave em que o papa Bento XVI foi eleito em abril de 2005.
Como fica o Colégio dos Cardeais?
Com esta modificação, sete cardeais perderão o direito de voto em 2024, além do cardeal Luis Ladaria, que fez 80 anos em 19 de abril: Jean-Pierre Ricard (26 de abril), Marc Ouellet (8 de junho), Sean P. O'Malley (29 de junho), Policarpo Pengo (5 de agosto), Mauro Piacenza (15 de setembro), Baltazar Porras (10 de outubro) e Oswald Gracias (24 de dezembro).
Assim, em dezembro deste ano o número de cardeais eleitores para um eventual conclave será de 120, número estabelecido pelo papa são Paulo VI.
