Mais de 700 cristãos foram batizados no domingo de Páscoa, em 31 de março, na diocese de Katsina, na Nigéria, onde houve um aumento de ataques dirigidos principalmente a comunidades cristãs.

O bispo de Katsina, dom Gerald Mamman Musa, disse à ACI Africa, agência do grupo ACI para a África que se alegrou com o sucesso da celebração da Páscoa, a primeira da diocese, que foi erigida pelo papa Francisco em outubro de 2023.

“Foi uma grande celebração, pois pela primeira vez tivemos padres reunidos na catedral para aquela celebração”, disse o bispo de 53 anos.

“Apesar dos desafios de insegurança que enfrentamos como diocese, tivemos mais de 700 pessoas que foram batizadas e receberam a Sagrada Comunhão. Esse é um número incrível”, disse Musa.

“Isso nos diz que, em pequenas coisas, Deus está trabalhando. Mesmo em lugares remotos, mesmo em lugares que você acha que os cristãos são minoria, Deus está trabalhando. E agradecemos a Deus pela colheita que temos. Colheita em termos do número crescente de membros que temos”, disse o bispo.

“Acreditamos que com o tempo teremos um número maior de pessoas que estão se convertendo à fé, um número maior de pessoas que serão batizadas. Acreditamos que teremos um maior número de pessoas que estarão mais comprometidas com a sua fé”, disse Musa à ACI Africa.

“O desafio que enfrentamos, que afeta a evangelização, é o desafio da insegurança”, continuou.

O bispo disse que milhares de pessoas já foram deslocadas no sul do estado por aqueles que ele descreveu como “criminosos”.

Ele disse que visitou 45 famílias durante a quaresma que foram deslocadas de governos locais no estado de Katsina. “E eles não são os únicos. Cerca de 300 comunidades foram deslocadas”, disse Musa.

“Isso afeta o trabalho de evangelização porque essas pessoas têm uma igreja. Eles tiveram que desocupar a igreja para ir morar em outro lugar”, disse o bispo. “Eles querem voltar para a sua terra natal, mas é difícil porque o desafio da insegurança ainda existe.”

Musa ainda tem esperança de que a sua diocese vai continuar a apoiar os novos convertidos que abraçaram a fé.

“Queremos desenvolver um sistema em que tanto aqueles que se convertem à fé, como aqueles que estão na fé, tenham uma boa formação. E queremos desenvolver uma formação de longo prazo”, afirmou Musa.

“A formação não termina apenas com a catequese que nos prepara para a Sagrada Comunhão. A formação não termina apenas com a catequese quando nos preparamos para o batismo. Mas a formação na fé deve durar por toda a vida para que o nosso povo continue a crescer na fé”, disse o bispo.