O papa Francisco disse que dedicará o tempo necessário para discernir quem assumirá o governo pastoral do vicariato geral de Roma, vacante desde 6 de abril passado, depois de ter nomeado penitenciário-mor o cardeal Angelo de Donatis.

“Devido à delicadeza do cargo de cardeal vigário, o papa Francisco informou aos bispos, seus colaboradores mais próximos, que levará tempo para fazer um saudável discernimento sobre a pessoa que ocupará esse papel”, diz um comunicado divulgado na segunda-feira (8), depois de um encontro do papa com o Conselho Episcopal da diocese de Roma no Palácio Apostólico.

“Nesta fase de transição, Francisco encorajou os bispos a continuarem o ministério pastoral e as atividades administrativas já iniciadas anteriormente”, continua a mensagem.

Segundo o disposto no artigo 14 § 3 da Constituição Apostólica In Ecclesiarum Communion sobre a organização do Vicariato de Roma, enquanto o cargo de cardeal vigário estiver vacante, todas as suas funções e poderes, incluindo a representação legal, serão exercidos pelo vice-gerente, dom Baldassare Reina.

Sobre o vigário-geral de Roma

O Vicariato Geral de Roma, sob a orientação do cardeal vigário, também conhecido como vigário do papa para a diocese de Roma, desempenha um trabalho essencial na administração pastoral e eclesial da Cidade Eterna.

Este cargo, embora intimamente ligado ao papa, não deve ser confundido com o do próprio papa, que, como bispo de Roma e vigário de Cristo, tem autoridade sobre a Igreja em todo o mundo. O vigário de Roma atua como seu delegado na administração diocesana, encarregado de gerir em seu nome os assuntos pastorais, litúrgicos e administrativos.

O cardeal De Donatis, até poucos dias vigário-geral para a diocese de Roma e arcipreste da basílica papal de São João de Latrão, deixou vacante o cargo de vigário-geral. O seu sucessor ainda não foi anunciado, mas espera-se que a sua nomeação seja feita em breve, especialmente tendo em vista o Jubileu de 2025.