O papa Francisco disse que a verdadeira glória é feita de entrega e perdão, não de fama ou popularidade, ao recitar o Angelus hoje (17), quinto domingo da Quaresma, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

 

Ao meditar sobre a afirmação do Evangelho de João de que a glória de Deus se verá na cruz, o papa disse que com isto o Senhor “quer nos dizer que a glória, para Deus, não corresponde ao sucesso humano, à fama ou à popularidade.”

 

“A glória a Deus não tem nada de autorreferencial, não é uma manifestação grandiosa de poder que é seguida de aplausos do público”, disse.

“Para Deus a glória é amar até dar a vida”, disse Francisco. “Glorificar-se, para Ele, significa doar-se, tornar-se acessível, oferecer o seu amor. E isto aconteceu de modo culminante na cruz, onde Jesus manifestou plenamente o amor de Deus, revelando plenamente o seu rosto de misericórdia, dando-nos a sua vida e perdoando aqueles que o crucificaram”.

 

“Da Cruz, cátedra de Deus, o Senhor nos ensina que a verdadeira glória, aquela que nunca se apaga e nos faz felizes, é feita de entrega e perdão. A entrega e o perdão são a essência da glória de Deus”, disse o papa. “Entrega e perdão: critérios muito diferentes do que vemos ao nosso redor, e também em nós mesmos, quando pensamos na glória como algo que deve ser recebido e não dado; como algo a ser possuído em vez de oferecido. Não".

“A glória mundana passa e não deixa alegria no coração; “Isso nem sequer leva ao bem de todos, mas antes à divisão, à discórdia e à inveja”, disse o papa.

Qual é a glória que desejo para mim?

 “Qual é a glória que desejo para mim, para a minha vida, o que sonho para o meu futuro? A de impressionar os outros com meus conhecimentos, minhas habilidades ou com as coisas que possuo?”, perguntou Francisco.

“Ou o caminho da entrega e do perdão, o de Jesus Crucificado, o caminho de quem não se cansa de amar, convencido de que isso dá testemunho de Deus no mundo e faz brilhar a beleza da vida?”

 

O papa Francisco exortou a lembrar que “quando nos entregamos e perdoamos, a glória de Deus brilha em nós. Bem ali, quando nos rendemos e perdoamos.”

 

“Que a Virgem Maria, que seguiu Jesus com fé na hora da Paixão, nos ajude a ser reflexos vivos do amor de Jesus”, concluiu.