Hoje (21) celebra-se são Pedro Damião, doutor da Igreja e reformador eclesial beneditino. Quando o rei Henrique IV da Alemanha quis repudiar a sua esposa e exigiu a nulidade do casamento, são Pedro fez uma intervenção solene.

No livro Vidas dos Santos, do padre Alban Butler, é narrado que no tempo de são Pedro Damião (1007-72) o rei Henrique IV da Alemanha, que se tornou Imperador do Sacro Império Romano, pediu a nulidade do casamento que ele havia contraído alguns anos antes com Berta, filha de um importante marquês da Itália.

O monarca alegava que a união não havia sido consumada. Depois de várias promessas e ameaças deste rei, o bispo da região alemã de Mainz (Mainz) convocou um sínodo sobre a possível nulidade do casamento.

Contudo, o papa Alexandre II interveio para que não fosse cometida uma injustiça. Assim, o papa pediu a são Pedro Damião que presidisse aquele sínodo. O santo, já de idade avançada, chegou a Frankfurt por obediência e reuniu-se com o rei e os bispos.

Diante deles, são Pedro Damião leu as disposições da Santa Sé e pediu a Henrique IV que respeitasse a lei de Deus e da Igreja. Depois, exortou-o a refletir sobre o escândalo e o mau exemplo que poderia dar.

Naquele momento, os próprios nobres apoiaram são Pedro e imploraram ao rei que não afetasse a sua honra e reputação. O livro observa que Henrique IV teve que desistir da ideia de abandonar a esposa, mas “ele concebeu um ódio ainda mais profundo pela esposa”.

Segundo a Enciclopédia Britânica, o rei problemático, que atacou o papado e impôs um antipapa, casou-se novamente depois da morte de sua esposa Berta. Ele se casou novamente com Praxedis de Kiev, que o abandonou e o denunciou por graves acusações em meio a constantes ataques daqueles que se opunham ao seu reinado.

A Enciclopédia Católica diz que Henrique IV foi feito prisioneiro por seu próprio filho, Henrique V, concebido com Berta. Ele foi forçado a abdicar, mas ainda assim procurou enfrentar novamente seus inimigos. Ele morreu em Liège (na atual Bélgica) quando seu filho se aproximava a frente de um exército.